Descrição de chapéu Rio de Janeiro violência

Quem eram os médicos mortos a tiros no Rio

Vítimas estavam na cidade para congresso de ortopedia; um deles era irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL)

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São Paulo e Rio de Janeiro

Três médicos foram assassinados a tiros na madrugada desta quinta-feira (5) em um quiosque de praia na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. Um quarto médico ficou ferido e foi levado para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, no mesmo bairro.

Dois dos mortos são de São Paulo e o terceiro é da Bahia.

Veja quem eram as vítimas:

Médico, irmão da deputada Sâmia Bomfim (PSOL), é uma das vítimas do assassinato
Médico, irmão da deputada Sâmia Bomfim (PSOL), é uma das vítimas do assassinato - Diego Bomfim no Instagram

Diego Ralf de Souza Bomfim, 35

Médico ortopedista, cirurgião do pé e tornozelo. Era irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL).

"Meu irmão era um homem incrível, carinhoso, alegre, nosso orgulho. Que haja celeridade e seriedade na investigação. Estamos destroçados", escreveu Sâmia nas nas suas redes sociais.

À TV Globo, Sâmia afirmou que os pais se esforçaram para que o irmão se tornasse médico. "Foi muito difícil para os meus pais conseguirem formá-lo. Foi bolsista na faculdade e conseguiu chegar muito, muito longe. É absolutamente injusto e cruel o que aconteceu com ele, nossa família e nossos pais."

Diego Bomfim era visto por amigos como um profissional em ascensão na carreira. Em nota publicada pela clínica em que Diego trabalhava, o colega Pedro Baches escreveu que a perda prematura do médico deixava um vazio para a comunidade médica.

"Seu compromisso com a medicina, sua dedicação aos pacientes e sua paixão pela ortopedia sempre serão lembrados com respeito e admiração", diz o texto na página da Clinica SO.U Ortopedia.

Ele torcia para o Santos. O clube paulista publicou uma nota sobre a morte do médico. "O Santos FC lamenta o falecimento de Diego Bomfim, santista apaixonado que foi assassinado na madrugada desta quinta-feira, em um quiosque da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Diego estava com o nosso Manto Sagrado durante o trágico momento."

Médico Marcos de Andrade Corsato
Médico Marcos de Andrade Corsato é uma das vítimas de assassinato no Rio de Janeiro - Reprodução/Redes Sociais

Marcos de Andrade Corsato, 62

Médico assistente do grupo de Tornozelo e Pé do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo). Era também médico na Clifom (Clínica de Fraturas e Ortopedia da Mooca).

"O Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP recebeu com consternação a notícia do falecimento de Marcos de Andrade Corsato, bem como dos ex- residentes Diego Ralf Bomfim e Perseu Ribeiro Almeida. O instituto estende as condolências aos familiares e amigos", afirmou em nota.

Segundo Jorge dos Santos Silva, diretor clínico do IOT, Corsato vivia um momento muito feliz, com o nascimento de uma neta. "Sabe um cara de bem com a vida, de conversa gostosa? Esse era Corsato. Além de ser um excelente médico."

O médico também pertencia ao corpo clínico do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

Em nota, o hospital disse que recebeu a notícia com "profunda tristeza". "[Era um] membro valoroso e dedicado do nosso corpo clínico e com uma passagem de nove anos pelo nosso pronto-atendimento. Sua partida repentina deixa um vazio imensurável em nossa instituição e na comunidade médica como um todo."

Médico Perseu Ribeiro Almeida
Uma das vítimas de assassinato no Rio de Janeiro - Reprodução/Redes Sociais

Perseu Ribeiro Almeida, 33

Formado em Medicina pelo Instituto Mantenedor de Ensino Superior da Bahia, era especialista em cirurgia do pé e tornozelo pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

Estava no Rio de Janeiro pela primeira vez, disse o cunhado de Almeia, o administrador Hugo Dantas.

"Era uma pessoa que vivia para trabalhar e para estar perto da família. Foi estudar em Salvador, se especializou lá, fez uma pós-graduação em São Paulo e voltou para Bahia, para ficar com a família", conta.

Almeida era pai de dois filhos, um garoto de 11 anos e uma menina de 3. Ele morava em Jequié, em interior da Bahia, município ao lado de sua cidade natal, Ipiaú.

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