Prefeitura de SP recorre à Justiça contra greve de ônibus e pede multa de R$ 1 milhão

Motoristas e cobradores marcaram greve após cancelamento de resultado das eleições do sindicato

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São Paulo

A Prefeitura de São Paulo recorreu à Justiça para garantir o funcionamento das linhas de ônibus na capital nesta sexta-feira (1º) após motoristas e cobradores anunciarem greve. O pedido de medida cautelar também vai incluir uma multa de R$ 1 milhão por dia em caso de paralisação.

O mandado de segurança cível foi protocolado pela administração municipal contra o SindMotoristas (sindicato dos motoristas e trabalhadores dos ônibus de São Paulo) na tarde desta quinta-feira (30).

Passageiros tentam embarcar em ônibus na estação Jabaquara durante greve unificada os trabalhadores de Metrô, CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), Sabesp, professores da rede pública e de servidores da Fundação Casa
Passageiros tentam embarcar em ônibus na estação Jabaquara durante greve unificada os trabalhadores de Metrô, CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), Sabesp, professores da rede pública e de servidores da Fundação Casa - Danilo Verpa - 28.nov.23/Folhapress

Motoristas e cobradores anunciaram a greve nesta quinta-feira (30) após o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) ter cancelado o resultado das eleições do SindMotoristas.

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) criticou o anúncio de paralisação da categoria sem anúncio prévio. "Não faz o menor sentido", disse. "A população não pode ser vítima só porque a Justiça suspendeu a eleição", continuou.

A paralisação não foi aprovada em assembleia pela categoria. No último dia 21 de novembro, trabalhadores do sistema fecharam terminais em meio à eleição, na véspera do encerramento da votação.

A suspensão do resultado da eleição atendeu a pedido de uma das chapas da disputa, o Grupo Oposição e Luta —contrária à atual direção. Segundo a apuração dos votos, a chapa que representa a atual diretoria do sindicato, Resgate Raiz (chapa 4), venceu a disputa com cerca de 14 mil dos 20 mil votos.

O SindMotoristas, por meio do presidente José Valdevan de Jesus Santos, afirma que não convocou greve ou protesto, que é realizada "pela extinta comissão eleitoral" encabeçada pela chapa 4.

"Qualquer paralisação no sistema de transporte urbano de São Paulo não terá a participação do SindMotoristas e será considerada exploração politica de uma chapa de oposição que busca afrontar o poder judiciário e obter vantagens indevidas explorando a boa fé da categoria profissional", afirma.

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