Descrição de chapéu chuva Interior de São Paulo

Ventania de até 151 km/h gera danos no litoral e no interior de SP

Ao menos uma morte foi confirmada, em Limeira; No Guarujá, houve um princípio de incêndio em um hospital

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Ribeirão Preto e Santos

Os fortes ventos provocaram interdições em vias, alagamentos e causaram a queda de árvores em cidades do litoral e do interior de São Paulo nesta sexta-feira (3). Em Limeira, uma morte foi confirmada. Em Santos, a ventania chegou a 151 km/h.

O rastro de destruição foi provocado pelo temporal com rajadas de vento. Ao menos duas mortes foram confirmadas na região metropolitana.

Árvores caídas na avenida Santista, no Morro da Nova Cintra, em Santos, devido aos ventos desta sexta-feira (3)
Árvores caídas na avenida Santista, no Morro da Nova Cintra, em Santos, devido aos ventos desta sexta-feira (3) - Divulgação/Prefeitura de Santos

Em Santos, equipes da Defesa Civil e da Secretaria das Prefeituras Regionais estão atendendo as ocorrências, com o apoio do videomonitoramento, e todas as forças de segurança de plantão no CCO (Centro de Controle Operacional) da prefeitura.

A Praticagem de São Paulo registrou rajadas de ventos de 151 km/h, conforme a prefeitura, o que fez com que houvesse o registro de várias quedas de árvores e também de estruturas, entre elas a cobertura de um posto de combustíveis na esquina do Canal 6 com a Avenida da Praia.

"Hoje a cidade de Santos foi atingida por uma ventania muito forte [...] Várias áreas da cidade foram atingidas, não houve nenhum ferido até agora, não houve registro de nada mais grave com as pessoas, mas várias árvores caíram na cidade", disse o prefeito de Santos, Rogério Santos (Republicanos).

Ele citou como um dos locais com danos a praça da Aparecida, onde gravou um vídeo mostrando árvores derrubadas e postou em suas redes sociais.

Em outros pontos da cidade, árvores atingiram fiações elétricas, causando interrupção no fornecimento de energia.

Semáforos foram apagados em virtude da tempestade e equipes estão atuando para isolar locais atingidos pela ventania que ainda ofereçam riscos.

Outras cidades do litoral, como Praia Grande, também registraram problemas. É o caso da Vila Tupy, onde houve queda da fiação elétrica, o que fez com que moradores ficassem isolados à espera de socorro.

Guarujá foi outra cidade da Baixada Santista com problemas. Durante a chuva, o transformador em frente ao hospital Santo Amaro estourou e houve um princípio de incêndios em duas unidades. O incêndio foi controlado, pacientes foram realocados e não houve vítimas.

Dois pacientes foram transferidos para uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento). Segundo o hospital, a concessionária de energia fazia reparos no local por volta das 19h30.

MORTE EM LIMEIRA

Além do litoral, cidades do interior de São Paulo tiveram problemas na tarde desta sexta devido à ventania, inclusive com o registro de morte.

Em Limeira, um homem morreu após o desabamento de um muro, de acordo com a Defesa Civil.

Em Ribeirão Preto, o centro da cidade registrou pontos de alagamento na tarde desta sexta, assim como áreas da zona norte da cidade, no bairro Ipiranga. O temporal também derrubou árvores e fez cair a energia em Sorocaba, no interior de São Paulo.

Em Rifaina, destino turístico muito procurado neste feriado prolongado na divisa entre São Paulo e Minas Gerais devido à sua praia artificial, a ventania fez com que barracas e guarda-sóis perdessem a cobertura com os fortes ventos.

O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) informou que a ventania mais forte registrada pelo órgão no estado foi em Ourinhos, com 111 km/h –menos que o aferido em Santos pela Praticagem de São Paulo.

Na cidade de 114 mil habitantes, a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) precisou funcionar com gerador de energia elétrica, o que causou atrasos em exames laboratoriais e de raio-X.

O estado de São Paulo foi afetado na tarde desta sexta por uma linha de instabilidade que se formou na vanguarda da frente fria associada ao ciclone extratropical que está no litoral no sul do país, segundo o meteorologista Franco Nadal Villela, do Inmet.

Empurrada pelo ar frio que se desloca do sudoeste em direção ao nordeste do estado, a tempestade ocupa uma faixa de aproximadamente 400 quilômetros. Por se deslocar rapidamente e ser muito extensa, alcança diversas regiões quase ao mesmo tempo.

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