Descrição de chapéu Rio de Janeiro violência

Polícia investiga se agente federal tentou atirar contra PM antes de ser morto no Rio

Perícia concluiu que a pistola de Francisco Elionezio Braga Oliveira teve uma pane impedindo o tiro; imagens estão sendo analisadas

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Rio de Janeiro

Peritos da Polícia Civil concluíram nesta segunda-feira (18) que o policial federal Francisco Elionezimo Braga Oliveira, 38, morto por um policial militar em um quiosque no Rio de Janeiro, tentou atirar no agente, mas a arma falhou.

O caso aconteceu na noite de domingo (17) em um quiosque na Barra da Tijuca, zona oeste da capital fluminense.

A Polícia Militar afirma que o agente federal ameaçou o PM com a arma na mão. O policial que teria sido ameaçado atirou e acertou a vítima. A Corregedoria da corporação foi acionada.

O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital. Nesta segunda, a arma usada por Francisco, uma pistola Glock calibre nove milímetros, foi encontrada pelos policiais com duas balas ficaram alojadas no cano de saída, uma sobreposta à outra. A perícia apontou que a arma teve uma pane mecânica, o que teria impedido o tiro.

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Policial Federal Francisco Elionezimo Braga Oliveira - Reprodução/TV Globo

Equipes da delegacia e da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais) voltaram ao quiosque na tarde desta segunda com o auxílio de detector de metais e cão farejador. Os agentes ficaram no local por cerca de duas horas, mas nada foi encontrado.

Segundo a Polícia Civil, os policiais militares envolvidos na ação foram ouvidos. A arma usada pelo PM, que admitiu ser o responsável pelo tiro que atingiu Francisco, foi apreendida.

Imagens de câmeras de segurança do quiosque e dos coletes dos policiais militares estão sendo analisadas.

No momento do crime, a vítima estava acompanhada de duas mulheres que teriam tentando interferir durante a confusão. Uma delas foi baleada nas nádegas. Ela foi levada para o hospital, e já recebeu alta.

A delegacia também apura as circunstâncias do tiro que atingiu a mulher. A informação inicial recebida pelos investigadores é a de que ela teria sido ferida pelo mesmo tiro que matou o agente federal.

Testemunhas contaram à polícia que Francisco estaria causando tumulto no bar e teria mostrado que estava armado.

Segundo informações da Polícia Militar, uma equipe do 31º batalhão, localizado no Recreio dos Bandeirantes, foi acionada porque um homem estaria armado e ameaçando as pessoas que estavam no quiosque.

Ao chegar no local, os militares encontraram o policial federal com arma em punho e fazendo ameaças. Ainda segundo a Polícia Militar, ao tentar dialogar com o policial federal, o PM teria levado um tapa no rosto.

O velório de Francisco Elionezio Braga Oliveira está marcado para esta terça-feira (19), no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, na região central do Rio.

O policial federal era casado e pai de três crianças. Ele foi recentemente condecorado após salvar uma menina de 7 anos que se engasgou em um restaurante em Brasília, em outubro.

O agente era lotado no Grupo de Pronta Intervenção, da Polícia Federal, desde 2022. Antes, trabalhou na Delegacia de Repressão a Entorpecentes e na Superintendência da Polícia Federal em Roraima. Ele entrou na PF em 2013.

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