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Prefeitura de SP pagará a empresas até 80% do valor de ônibus elétricos

Gestão Nunes publica regras para compra de veículos; valor subvencionado corresponde à diferença entre modelos a diesel e a bateria

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São Paulo

A Prefeitura de São Paulo vai subvencionar até 80% do valor dos ônibus elétricos que serão comprados pelas empresas que hoje operam o sistema de transporte municipal. Para isso, a gestão Ricardo Nunes (MDB) está contratando empréstimos com bancos nacionais e internacionais, que devem chegar ao valor total de R$ 5,75 bilhões, para adquirir 2.400 veículos.

As regras para a inclusão de ônibus elétricos na frota municipal foram publicadas no Diário Oficial do Município nesta segunda-feira (4). O valor pago pela prefeitura não pode superar a diferença de preço entre os modelos movidos a bateria elétrica e a diesel.

Todas as compras de veículos elétricos devem ser autorizadas pela prefeitura, segundo as regras publicadas. Há a possibilidade de comprar sem usar o subsídio municipal, mas essa opção também só pode ocorrer após autorização.

Um dos novos ônibus elétricos da frota municipal de São Paulo - Zanone Fraissat - 18.set.2023/Folhapress

Os ônibus elétricos costumam ser até 80% mais caros do que a versão comum, daí o valor que a prefeitura se dispõe a pagar. Na tabela de preços de referência publicada no Diário Oficial, o valor estimado dos veículos vai de R$ 2,4 milhões a R$ 4,1 milhões, a depender do tamanho e do modelo.

Os valores para a subvenção de cada pedido de compra (de um ou mais veículos) serão analisados caso a caso e autorizados pela Secretaria Municipal da Fazenda. Ou seja, é possível que a prefeitura aprove a subvenção em proporções menores do que 80%.

A gestão Nunes entregou 50 novos veículos elétricos neste ano, que se somam a outros 19 que já estavam em operação. Esses ônibus são de propriedade da empresa Enel X e foram entregues às concessionárias em comodato.

A intenção inicial da prefeitura era entregar os 2.400 veículos até o fim do ano que vem, mas a gestão municipal diz que o mais provável é colocar um total de 1.400 unidades nas ruas neste período, por conta da capacidade de produção.

Por lei, a administração da cidade está obrigada a reduzir em 50% a emissão de gás carbônico do transporte coletivo e dos veículos da coleta de lixo, até 2028, e eliminá-la até 2038. A intenção de chegar a 20% de frota limpa até o ano que vem está no Programa de Metas de gestão Nunes, apresentado em abril.

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