Descrição de chapéu Todas violência Venezuela

Artista circense venezuelana é encontrada morta no Amazonas

Julieta Inés Hernández Martínez estava desaparecida desde 23 de dezembro; casal foi preso por suspeita de envolvimento na morte da artista em Presidente Figueiredo (AM)

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Salvador

A Polícia Civil do Amazonas confirmou neste sábado (6) a morte da artista circense venezuelana Julieta Inés Hernández Martínez, 38. Ela estava desaparecida desde 23 de dezembro, quando percorria em uma bicicleta cidades do interior do Amazonas.

O corpo da artista foi encontrado por volta das 18h nesta sexta-feira (5), enterrado em uma área de mata na cidade de Presidente Figueiredo (117 km de Manaus).

A artista venezuelana Julieta Inés Hernández Martínez, que rodava o país de bicicleta, foi morta em Presidente Figueiredo, interior do Amazonas. - Reprodução/@utopiamaceradaenchocolate no Instagram

O trabalho de identificação e autópsiaestá sendo realizado pelo Departamento de Polícia Técnico-Científico, mas o delegado-geral adjunto da Polícia Civil do Amazonas, Guilherme Torres, confirmou à Folha que o corpo encontrado é de Julieta.

Um casal foi preso, também na sexta-feira, por suspeita de envolvimento na morte da artista, disse em nota a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados, nem detalhes sobre as circunstâncias da morte.

Em buscas pela região, os policiais localizaram inicialmente partes da bicicleta de Julieta Hernández –o equipamento estava nas proximidades de onde foi localizado o corpo. O local fica próximo do lugar em que a artista estava hospedada na cidade.

Julieta era artista circense e se apresentava com a personagem Palhaça Jujuba. Ela também era cicloviajante e estava percorrendo cidades do interior do Amazonas quando desapareceu no final do ano passado.

A artista vivia no Brasil desde 2015 e integrava o grupo de cicloviajantes "Pé Vermei". Ela viajava do Rio de Janeiro até a Venezuela, seu país natal, de bicicleta, quando desapareceu.

Amigos e colegas lamentaram a morte da artista. O grupo Circo de Só Ladies, do qual Julieta fez parte, exaltou a artista.

"Nossa grande Julieta, nossa palhaça Jujuba, carregava seus sonhos na bike e gerava sorrisos pelo Brasil todo. Ela se foi. Tiraram ela da gente. Sua vivacidade foi vítima de feminicídio e sua bike foi destroçada, assim como nossos corações."

O grupo vinha se mobilizando em publicações nas redes sociais em busca de pistas e informações desde o desaparecimento de Julieta.

Em nota, Funarte (Fundação Nacional de Artes) lamentou a morte da artista e informou que acompanha, junto ao Governo do Amazonas, o desdobramento das investigações e do apoio à família, colegas e companheiras de ofício e amigos de Julieta Hernandez.

"Com toda alegria e irreverência, Julieta viajava com sua arte conduzindo crianças e adultos ao mundo circense e por isso, sempre será lembrada. Inquieta em relação à desigualdade de gênero, sua busca por equidade é uma inspiração para todas nós", afirmou, Maria Marighella, presidente da Funarte.

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