Descrição de chapéu chuva

São Paulo deve ter chuva mais forte desta semana entre quinta e sexta

Temporais castigam paulistano desde a última segunda-feira

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São Paulo

A chuva que castiga a cidade de São Paulo deve voltar com força nesta quinta (11) e na sexta-feira (12), e o cenário deve se manter ao menos até o fim de semana. A intensidade das pancadas pode ser forte, por causa do contraste entre o calor e a umidade, com chance de rajadas de vento e potencial de alagamentos e até de granizo.

Segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) da prefeitura, a intensidade da chuva aumenta na quinta por causa da ação de um cavado perto de São Paulo. O fenômeno é caracterizado por uma área de baixa pressão atmosférica alongada, que direciona umidade para a atmosfera.

ônibus e carros transitam por rua alagada em meio a chuva com faróis acesos
Temporal atingiu a cidade de São Paulo pela terceira vez nesta semana, e levou a cidade ao caos - Leandro Chemalle - 10.jan.2024/Thenews2/Folhapress

Os cavados são como uma linha alongada, e ficam perto de centros de baixa pressão atmosférica, que ampliam o volume de umidade e, consequentemente, de chuva. Na madrugada de quinta para sexta-feira, um centro deve se formar e causar as chuvas mais fortes da semana, de acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

Entre segunda e quarta, as chuvas deixaram uma morte, árvores caídas, bairros sem luz vários pontos de alagamento, que chegaram a 19 na noite passada. A previsão é de mais transtornos.

Em relação ao calor, segundo o CGE, as temperaturas devem ficar entre 21°C e 33°C nesta quinta, e a máxima chega a 29°C na sexta.

De acordo com a meteorologista do Inmet Adrea Ramos, o cenário de chuva intensa deve se estender até o fim de semana. "Na madrugada de sexta se forma o centro de baixa pressão, que atua alongo da sexta-feira e segue até sábado e domingo. Na segunda deve diminuir."

Ela diz que a intensidade das chuvas vai aumentando com a combinação dos fenômenos do cavado e do centro de baixa pressão atmosférica, que reúnem grandes quantidades de umidade.

Esse movimento, característico do verão, é inverso, por exemplo, à dinâmica das zonas de alta pressão, que bloqueiam a chegada de ar com umidade e mantêm o ar quente e seco. A onda de calor que atingiu várias regiões do país em novembro passado foi intensificada pela extensão de uma zona de alta pressão, que ia do norte da Argentina ao sul da Amazônia brasileira.

O fenômeno também pode ter sido agravado pelos efeitos do aquecimento global. Como 2024 começou quente, esse calor provoca contrastes mais acentuados de temperatura. Isso significa, para o verão em São Paulo e em outras partes do Brasil, chuva mais volumosa e intensa.

"Quando está quente, acontece um choque, que proporciona trovoadas, pancadas e até queda de ganizo", diz Ramos, do Inmet, que indica a possibilidade de ocorrência na sexta-feira.

De acordo com o CGE, as chuvas que abrem o fim de semana podem se prolongar até a noite de sexta, com chance de alagamento e transbordamento de rios e córregos na capital.

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