Descrição de chapéu Obituário Edvaldo Nogueira da Silva (1957 - 2024)

Mortes: Foi destaque do futebol baiano nas décadas de 1970 e 1980

Dil Nogueira vestiu a camisa do Bahia em cinco dos seus títulos estaduais e atualmente se dedicava ao futebol do interior do estado

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Juazeiro (BA)

Dos 50 títulos estaduais do Esporte Clube Bahia, o médio-volante Dil Nogueira participou de cinco conquistas. O atleta integrou o esquadrão que marcou o futebol baiano nas décadas de 1970 e 1980.

Edvaldo Nogueira da Silva nasceu em Poções (BA), em 1957. Trabalhou desde criança na padaria do pai, onde era responsável pelas entregas. Mas, ao passar pelo campo de futebol que ficava na rota, deixava as encomendas de lado e perdia a hora jogando. Por causa disso, ficava de castigo quase todos os dias.

Sua carreira começou como "dente de leite" no Conquista Futebol Clube, no qual aos 15 anos já atuava como profissional. Considerado o melhor jogador da região, fugiu para tentar a sorte em Salvador.

Edvaldo Nogueira da Silva (1957 - 2024)
Edvaldo Nogueira da Silva (1957 - 2024) - Arquivo pessoal

Na capital, passou alguns dias no Vitória, mas logo foi contratado pelo Bahia. Passou 32 dias na equipe júnior e já subiu para o time profissional, aos 17 anos.

Ao jogar no aniversário de Xique-Xique (BA), em 1978, conheceu Marizelia, com quem se casou no ano seguinte. Foram 45 anos juntos e três filhos.

Pela "máquina tricolor", disputou vários campeonatos. Mas na carreira também vestiu a camisa de Fortaleza, Asa de Arapiraca (AL), Fluminense de Feira (BA), Catuense (BA), Botafogo de Salvador, Atlético de Alagoinhas (BA) e Serrano de Vitória da Conquista (BA) —no qual pendurou as chuteiras e começou a trabalhar como treinador, na função de auxiliar.

Depois, se mudou para a cidade natal da esposa, onde jogava e era técnico da seleção municipal. Presidiu a Liga Xique-Xiquense de Desportos por mais de 30 anos. Foi o responsável por fortalecer o futebol da região e indicou vários atletas que se profissionalizaram nos clubes estaduais.

"Ele gostava de ajudar as crianças que se interessavam por futebol e promovia campeonatos na cidade", diz Marizelia Nogueira, 68.

Era uma pessoa quieta no dia a dia, mas brincalhão com os amigos. Ganhou diversos apelidos, como Xerifão, Dil Maracujá, Bobina e Dil 2000. "Era aquele cara ‘presepeiro’, gente boa até demais", afirma o comerciário Helder Emilio Silva Carvalho, 58, o Maninho Carnicinha.

O ex-jogador também atuou como comentarista esportivo em duas rádios da cidade. Tinha hábitos diários de tomar cerveja com os amigos após o trabalho, jogar na loteria e no bicho, além de dormir sempre com a televisão ligada.

Dil foi diagnosticado com um câncer na boca em 2022. Seu tratamento foi nas Obras Sociais Irmã Dulce, na qual foi internado sete dias antes de morrer, no dia 16 de janeiro, aos 66 anos.

Foi enterrado na cidade que o acolheu nos últimos anos. Deixa a esposa, dois filhos, Rafael, 43, José Oscar, 40; e os netos Luiz Felipe, 16, e Rafael Filho, 14.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

Veja os anúncios de mortes

Veja os anúncios de missa

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.