Passarela é destruída por correnteza durante chuva em São Sebastião (SP)

Ponte para pedestres ficava em Juquehy; prefeitura diz que reconstrução será imediata, mas não divulga prazo de conclusão

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São Paulo

Uma passarela de pedestres de Juquehy, na costa sul de São Sebastião (SP), foi destruída e levada pela força da correnteza durante as fortes chuvas que atingiram o litoral norte paulista nesta terça-feira (20).

A ponte ficava na rua Tiradentes, sobre o rio Juquehy, e interligava as vilas Progresso, Carioca e Paraná ao centro do bairro.

De acordo com a Prefeitura de São Sebastião, a reconstrução da passarela será imediata e os trabalhos começam nesta quarta (21). A administração municipal, porém, não respondeu o tempo necessário para a conclusão da obra, nem detalhou os custos.

A orientação da gestão Felipe Augusto (PSDB) é para que, enquanto isso, os pedestres utilizem o acesso principal do bairro, que fica a uma distância de 800 metros da passarela que ruiu.

Passarela é levada por correnteza em Juquehy, bairro de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, após chuva desta terça (20) - Reprodução

São Sebastião registrou nesta terça um acumulado de 117 mm de chuva em 12 horas, e a Defesa Civil emitiu alertas de deslizamentos para celulares de moradores da região.

O volume de água também fez soar a sirene na Vila Sahy, epicentro da tragédia há um ano, quando 64 pessoas morreram por causa da chuva em São Sebastião. A sirene é um alerta para que os moradores deixem suas casas e busquem local seguro.

POLÊMICA COM SHOWS

Na segunda (19), para marcar um ano da tragédia, a prefeitura programou dois shows sertanejos. A realização da festa, batizada de Show da Reconstrução, recebeu diversas críticas.

No domingo, a prefeitura havia anunciado nas redes sociais as apresentações de Fernanda Costa e da dupla Henrique & Diego, ao custo R$ 45 mil e de R$ 120 mil, respectivamente. Diante de uma plateia praticamente vazia, apenas a cantora Fernanda Costa se apresentou —a dupla não subiu ao palco. Procurada, a prefeitura não respondeu sobre o motivo do cancelamento do segundo show.

Questionado na ocasião, o prefeito disse não ver contrassenso em gastar R$ 165 mil nos shows.

"Hoje é o dia de celebrar a vida. Temos que homenagear os nossos mortos, as pessoas que infelizmente perderam a vida, e as famílias sempre. Mas nós temos que celebrar a vida. E Deus traz essa mensagem: após a dor, vem a alegria", disse Felipe Augusto.

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