Líder de aldeia indígena é preso suspeito de estuprar crianças no Amazonas

Vítimas tinham 11, 12 e 16 anos, de acordo com a investigação; uma segunda pessoa também foi presa

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Rio de Janeiro

A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (5), um líder da comunidade indígena Terra Preta suspeito de estuprar ao menos três crianças no interior do Amazonas.

Uma das vítimas seria sobrinha do homem e teria engravidado aos 11 anos devido aos abusos, segundo a investigação. Além da menina, outras duas adolescentes, de 12 e 16 anos, também teriam sido vítimas do suspeito.

Um sobrinho do líder indígena também foi preso por suspeita de participação nos abusos.

Contra os suspeitos foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva. A identidade deles não foi divulgada. A polícia não soube informar se os presos têm advogados.

Dois suspeitos foram presos em operação a Polícia Federal contra o abuso sexual de crianças e adolescentes na aldeia indígena na região de Vila Novo Céu, no interior do Amazonas, nesta terça-feira (5) - Divulgação/Comunicação Social da PF no Amazonas

O caso veio à tona após denúncia feita pela mãe da menina de 11 anos, que descobriu a gravidez da filha quando a vítima passou mal e foi levada ao hospital. Na ocasião, a criança revelou que havia sido estuprada pelo líder da aldeia e também pelo sobrinho dele. A polícia ainda investiga a paternidade do bebê que nasceu em setembro do ano passado.

Em entrevista a TV Rede Amazônica, a mãe da menina disse que chegou a ser ameaçada de ser expulsa da comunidade pelo líder indígena quando ela disse que o denunciaria.

Segundo a Polícia Federal, o líder indígena estaria utilizando da sua condição para constranger e ameaçar testemunhas do suposto crime. A investigação apontou que ele poderia dificultar ou mesmo impedir outros indígenas da aldeia a ter acesso a benefícios sociais, como Bolsa Família e salário maternidade.

Ainda de acordo com a corporação, foi a partir da vítima de 11 anos que as investigações identificaram as outras duas adolescentes que teriam sofrido os estupros.

A operação que terminou na prisão dos dois suspeitos ocorreu na região de Vila Novo Céu, no município de Autazes. A ação, informou a Polícia Federal, visava reprimir o abuso sexual de crianças e adolescentes na aldeia indígena.

Os dois presos vão responder pelos crimes de estupro de vulnerável, abuso de poder, coação de vítimas e cerceamento de direito básicos de indígenas de sua mesma comunidade.

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