Descrição de chapéu violência

Prestador de serviço acusa Tiririca de importunação sexual em São Paulo

Segundo relatado em boletim de ocorrência, deputado teria dado uma 'dedada' nas nádegas do homem; assessoria do parlamentar não respondeu

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São Paulo

Um prestador de serviço de 39 anos acusa o deputado federal Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca (PL), 58, de importunação sexual. O caso teria ocorrido na manhã da última quinta (29), em um prédio na rua Casa do Ator, na Vila Olímpia, zona sul de São Paulo.

O boletim de ocorrência foi registrado na noite desta segunda-feira (4). Segundo a Secretaria da Segurança Pública, "diligências estão em andamento para esclarecer o ocorrido".

Tiririca em sessão da Câmara - Nilson Bastian - 7.jan.2019/Câmara dos deputados

O homem afirmou no registro que estava prestando serviço de manutenção na portaria do condomínio, por volta das 10h30, quando um desconhecido, acompanhado de uma mulher, se aproximou dele e lhe "desferiu uma dedada" na região das nádegas, sobre a calça.

O prestador relatou que se sentiu humilhado porque as pessoas que estavam na portaria, entre segurança e outros prestadores de serviço, riram dele.

Somente depois foi dito ao homem que o importunador seria o deputado Tiririca. Ele foi então orientado por uma advogada a fazer o boletim de ocorrência.

O caso foi registrado como importunação sexual.

A Folha procurou a assessoria do deputado na manhã desta terça-feira (5), que informou que estava embarcando e precisaria de mais tempo para contato com o parlamentar. Não houve resposta até publicação desta reportagem.

Com o slogan "Vote por Tiririca. Pior que tá não fica", o humorista que ficou famoso com a música "Florentina" foi o mais votado do país em sua primeira eleição, em 2010, com 1.353.820 votos. Ele teve 71,7 mil votos em 2022 e foi reeleito graças ao quociente partidário.

Ele atribuiu a queda à mudança de seu número nas urnas. Após quatro pleitos com o número 2222, Tiririca viu a sequência ser cedida em 2022 a Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, que também disputou os votos dos paulistas naquele ano. Para o parlamentar, a mudança explicaria o desempenho que quase o deixou de fora do Congresso.

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