Descrição de chapéu racismo

Advogada afirma ter sofrido racismo em loja da Zara no RJ

Ingryd Souza diz que foi obrigada a mostrar nota fiscal para sair da loja; OUTRO LADO: Zara diz que não tolera discriminação

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Rio de Janeiro

Uma advogada do Rio de janeiro afirma ter sido vítima de racismo ao deixar uma unidade da Zara na Barra da Tijuca, na zona oeste da capital fluminense. O caso teria acontecido no sábado (21).

Ingryd Souza disse nas redes sociais que, após comprar roupas, precisou mostrar os produtos adquiridos e a nota fiscal para uma funcionária porque o detector antifurto disparou. A Polícia Civil investiga o caso.

@ingrydsouza.adv no instagram
Advogada Ingryd Souza esteve na Decradi para registrar a ocorrência - @ingrydsouza.adv no instagram

"A gerente já estava na porta com um tablet, aguardando a nossa saída. Ouvimos um 'boa noite', voltamos para a entrada da loja e ela [a vendedora] falou que o sensor estava mostrando que tinha uma blusa de seda de botão no tablet dela que parecia estar na minha bolsa. A gente começou a explicar que comprei uma blusa, mas que não era aquela blusa que aparecia no tablet. Depois apitou de novo, nós retornamos e eu comecei a mostrar as coisas que havia comprado", disse, em suas redes sociais.

Em nota, a Zara afirmou que "é uma empresa que não tolera qualquer ato de discriminação e lamenta que a cliente tenha se sentido desta maneira em uma de suas lojas".

"A empresa ressalta que está reforçando todos os processos e políticas de atendimento com as equipes para que suas lojas sejam sempre um ambiente seguro, acolhedor e inclusivo para todos", acrescentou.

Ainda em suas redes, a advogada disse que não é a primeira vez que sofreu racismo. "Já passei por outras como essa, mas dessa vez não vai passar batido. Vocês precisam aprender urgentemente a tratar com dignidade uma pessoa preta. Nunca passei por tamanho constrangimento", escreveu,

O procurador da Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do Rio, Paulo Henrique Lima, acompanhou Ingryd na delegacia.

"Casos dessa natureza não podem ser naturalizados, pois a abolição de todas as formas de violência racial é um condicionante para atingirmos a plenitude do Estado democrático de Direito", afirmou o procurador a jornalistas.

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