Descrição de chapéu Obituário Edmilson de Amorim Ferreira (1960 - 2024)

Mortes: Cantou os primeiros sucessos da banda Chiclete com Banana

Missinho foi um dos fundadores da banda de axé e um mestre da guitarra baiana

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Juazeiro (BA)

Quando a banda baiana Chiclete com Banana lançou a canção "Tiete do Chiclete" em 1985, Missinho estava nos vocais. Também compositor do sucesso que anima os carnavais até hoje, ele permaneceu como cantor do grupo, ao lado de Bell Marques, até 1986.

O artista foi convidado para entrar na banda quando ainda se chamava "Scorpions", em 1980. Era um conjunto de baile que se apresentava em formaturas e outros eventos, tocando hits internacionais. O batismo com o famoso nome foi no ano seguinte.

Missinho foi autor de músicas que marcaram a memória dos foliões que pulam o Carnaval de Salvador, como "Mistério das Estrelas" e "Lua Menina". Quando a banda começava a escalar as paradas de sucesso, decidiu seguir carreira solo. Mas disse diversas vezes em entrevistas durante a carreira que não se arrependia da decisão.

Edmilson de Amorim Ferreira (1960 - 2024)
Edmilson de Amorim Ferreira (1960 - 2024) - Reprodução/Facebook

Nas redes sociais, a "Chiclete" publicou que Missinho foi fundamental para o que a banda se tornou na cena musical. "Trouxe para nós a necessidade do autoral, compôs canções maravilhosas e executou seu instrumento com muita habilidade".

Edmilson de Amorim Ferreira nasceu em 1960, na capital baiana. Mais velho dos dois filhos do radialista Elias Alves com a dona de casa Célia, vivenciava o mundo da música desde pequeno. O pai tocava em uma banda de forró e a mãe lhe deu de presente o primeiro violão.

O garoto talentoso aprendeu logo a tocar e teve as primeiras experiências no palco ao lado do pai em festas juninas. Depois, aprendeu cavaquinho e guitarra.

Missinho impressionava por tirar as músicas apenas ao ouvir. Foi autodidata na profissão, da composição à produção musical, e trabalhou a vida toda na área. Em seu estúdio, um refúgio construído em casa, foram gravados álbuns de bandas locais e encomendas como jingles de eleições. Os shows também continuaram, principalmente no interior da Bahia.

O artista que dominava o palco tinha seu lado caseiro. "Ele se apresentando era bem espontâneo e extrovertido, mas quando não estava no palco era uma coisa mais introvertida. Era muito sossegado", diz o filho Pablo Djavan Ferreira, 45.

Para colorir a rotina, além de escutar boas músicas, Missinho assistia a filmes. "A gente quando sentava para conversar era sobre filmes. Além de respirar música, gostava muito de cinema", afirma o filho.

Missinho morreu no dia 16, aos 64 anos, por falência múltipla de órgãos após uma crise renal agravada pelo diabetes. Deixa os filhos Pablo Djavan, 45, e Mahal, 37, além da neta Anna Julia, 12.


coluna.obituario@grupofolha.com.br

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