Descrição de chapéu Obituário Paulo Scolfaro (1943 - 2024)

Mortes: Fez carreira na comunicação e é lembrado pela generosidade

Paulo Scolfaro abandonou o direito pelo jornalismo, área que abraçou e na qual se tornou um dirigente de sucesso

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São Paulo

Paulo Scolfaro era advogado de formação e chegou a trabalhar na área, mas depois que foi seduzido pelo jornalismo, na década de 1970, nunca mais deixou a comunicação. É conhecido pela generosidade e pelas oportunidades que deu a novos profissionais.

Paulo nasceu em Campinas, no interior de São Paulo, em 1º de abril de 1943. Era o penúltimo dos quatro irmãos. Trabalhou desde muito jovem como escrevente de cartório até se formar em direito.

Em 1972, foi convidado para assumir a direção do jornal Correio Popular, onde ficou até 1989.

Paulo Scolfaro (1943 - 2024)
Paulo Scolfaro (1943 - 2024) - Arquivo Pessoal

"No começo, alguns reclamaram de ele não ser jornalista. Mas depois deu supercerto. E ele sozinho não faria absolutamente nada. Ele era muito grato às pessoas. E, por outro lado, ele deu muitas chances para outros profissionais. Era uma coisa dele", conta Adelaine Cruz, companheira de Paulo.

Foi ainda superintendente do Grupo Diário do Povo, que incluía duas rádios e uma TV, no período de 1989 a 1991.

"Ele nunca mais saiu da comunicação. Até para a TV ele foi, apresentar jornal", lembra Adelaine.

Depois abriu uma empresa de comunicação. Como empreendedor, fez assessoria para diversos órgãos públicos e empresas privadas, como shoppings e escola de idiomas, além de inúmeros eventos.

Paulo era conhecido por gostar de gente e pela generosidade. "Ele tinha 1,83 m, mas o coração dele era muito maior do que isso. Ele abraçava, ele cuidava, era carinhoso com as pessoas", diz.

"Ele enxergava as pessoas, os valores das pessoas, e dava oportunidade. Acima de tudo, ele era um otimista. Não via nada de errado, nunca. Era uma pessoa de uma retidão, de um caráter e enxergava os outros assim também", afirma a companheira.

"Isso não só no Correio, também no Diário, na nossa empresa", conta.

Juntos por 26 anos, Paulo e Adelaine eram companheiros e sócios, mas acima de tudo "amigos, muito amigos, cuidando um do outro", define.

A neta de 16 anos era outro xodó do jornalista. "Ele fazia tudo por ela, só não fazia mais porque não tinha o que fazer. A Ana Clara foi a luz dos olhos dele", conta.

Paulo já havia tratado de um câncer de próstata, cirurgias cardíacas e, recentemente, terminou tratamento contra melanoma, um câncer de pele. Mas sentiu dores e descobriu um aneurisma pouco acima do braço. Fez os tratamentos cirúrgicos necessários, porém não resistiu a uma sepse com foco pulmonar e teve uma parada cardíaca.

Morreu no dia 14 de abril, aos 81 anos. Deixou a companheira, os filhos Cristiane e Paulo, a neta Ana Clara e Álvaro, o irmão mais novo.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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