Seis pessoas são presas sob suspeita de cometer estupro em abrigos no RS

Casos são investigados pela Polícia Civil; governador cita envolvimento de familiares das próprias vítimas

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Curitiba

Seis pessoas foram presas sob suspeita de cometerem crime de estupro em abrigos para vítimas das enchentes que atingem o Rio Grande do Sul há quase dez dias. As prisões foram confirmadas nesta quinta-feira (9) pela Secretaria da Segurança Pública do governo estadual, que não deu mais detalhes. Os casos são investigados.

Um dos crimes teria sido praticado contra uma criança no município de Viamão, a cerca de 20 km de Porto Alegre. Segundo a Polícia Civil, um suspeito foi preso preventivamente por crime de estupro de vulnerável.

A imagem colorida mostra um grupo de pessoas em um abrigo com colchões no chão
Vítimas de enchente chegam a abrigo em Canoas (RS) - Divulgação/Prefeitura de Canoas

Questionado sobre o tema em entrevista na tarde desta quinta, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), afirmou que entre os casos investigados há suspeita de envolvimento de parentes das vítimas.

"O que a gente observou foi justamente casos que, em princípio, lamentavelmente, envolvem familiares das crianças também, o que sinaliza a possibilidade desses abusos acontecerem anteriormente, e os abrigos tenham escancarado isso, revelado isso, e dado oportunidade inclusive de ação do poder público", afirmou o governador.

Leite também disse que pediu à Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos que verificasse condições para a abertura de abrigos dedicados a situações especiais, "para quem se sinta em uma situação vulnerável".

Na mesma entrevista, o secretário da Segurança Pública, Sandro Caron, acrescentou que todos os autores dos crimes sexuais constatados foram presos e que "em alguns dos abrigos temos permanentemente integrantes da Brigada Militar e da Polícia Civil".

"Sabemos que a imensa maioria das pessoas que estão nos abrigos são pessoas de bem, que merecem o acolhimento do estado, mais do que nunca. Aqueles poucos que ousarem praticar crimes serão presos", afirmou Caron.

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