Descrição de chapéu Chuvas no Sul

Número de mortos nas enchentes do Rio Grande do Sul chega a 176

Mais um corpo foi encontrado nesta sexta-feira (14) em Venâncio Aires, de acordo com boletim da Defesa Civil gaúcha

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São Paulo

Subiu para 176 o número de mortos por causa das chuvas no Rio Grande do Sul. A atualização foi feita nesta sexta-feira (14) pela Defesa Civil do estado.

Segundo o órgão estadual, o corpo foi encontrado em Venâncio Aires e ainda não foi identificado. A cidade conta agora com cinco mortos na tragédia.

O boletim informou ainda que mais uma pessoa foi registrada como desaparecida em Caxias do Sul, elevando o número para 39 nessa situação. Ao todo, são 806 feridos no estado.

Máquinas da prefeitura trabalham na remoção de entulhos no bairro Sarandi, na zona norte de Porto Alegre
Máquinas da prefeitura trabalham na remoção de entulho no bairro Sarandi, na zona norte de Porto Alegre, um dos locais afetados pela enchente - Carlos Macedo - 11.jun.24/Folhapress

Também de acordo com o informativo da Defesa Civil, nesta sexta havia 10.793 pessoas em abrigos e 422.753 desalojadas por causa da chuvas e da inundação. Ao todo, 478 municípios no estado foram afetados.

O nível dos principais rios e lagos da região tem baixado gradativamente desde o começo do mês de junho e ficado abaixo da cota de inundação. O nível do lago Guaíba, por exemplo, estava em 2,49 metros, às 17h desta sexta, na Usina do Gasômetro, na região central de Porto Alegre.

A cota de inundação neste ponto de medição é de 3,6 metros. A cota de alerta no local é de 3,15 metros.

A tragédia das chuvas no Rio Grande do Sul, que é comparada ao furacão Katrina, que em 2005 destruiu a região metropolitana de Nova Orleans, na Louisiana (EUA), atingiu outros quatro estados norte-americanos e causou mais de mil mortes.

Profissionais de saúde apontam semelhanças entre as duas tragédias, como falta de prevenção de desastres naturais e inexistência de uma coordenação centralizada de decisões. Colapso nos hospitais, dificuldade de equipes de saúde chegarem aos locais de trabalho e desabastecimento de medicamentos e outros insumos são outras semelhanças apontadas.

Neste momento, uma das principais dificuldades é o reconhecimento dos corpos encontrados. A maioria das vítimas vai precisar de exame de DNA para a identificação.

O médico legista e professor aposentado Nelson Massini afirma que a putrefação de corpos se desenvolve rapidamente com a umidade. Depois de uma semana, fazer a identificação por meio de impressão digital já se torna praticamente impossível.

Outra opção é usar a arcada dentária, por meio de radiografias. Quando nenhum dos dois métodos funciona, é preciso recorrer ao DNA, como deve acontecer no estado.

Outra dificuldade é o fato que muitos corpos foram encontrados embaixo da terra, o que também acelera a a putrefação.

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