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Aeroporto de Porto Alegre reabre só para check-in com passagens mais caras

Terminal retomou embarques, desembarques e despachos nesta segunda-feira (15); voos ainda partem de Canoas

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Porto Alegre

Após ficar mais de dois meses de portas fechadas devido à enchente do lago Guaíba e de seus afluentes, o aeroporto internacional Salgado Filho reabriu parcialmente, nesta segunda-feira (15), em Porto Alegre.

A retomada das atividades no terminal ocorre um dia antes da divulgação da análise de condições da pista de pousos e decolagens. O resultado deve ser apresentado pela concessionária Fraport nesta terça-feira (16) para representantes do governo federal em Brasília.

Na foto, um grupo de pessoas está organizado em uma fila separada por divisórias, para organização. Em sua frente, estão balcões de check-in
Ainda sem voos, aeroporto Salgado Filho reabriu as portas ao público após dois meses fechado - Carlos Villela/Folhapress

Voltaram para Porto Alegre as operações de check-in, despacho de bagagens, embarques e desembarques. Os primeiros passageiros começaram a chegar pouco antes das 6h para o primeiro voo, que saiu às 9h30 da base aérea de Canoas rumo a Guarulhos.

As filas são extensas, mas fluem rápido e acontecem em intervalos grandes de tempo pela baixa oferta de voos disponíveis em comparação com o período pré-enchente. Nesta segunda-feira, seriam apenas oito embarques, todos para Guarulhos, Congonhas ou Viracopos.

A base recebeu no dia 11 a autorização para expandir a capacidade de voos de 49 para 87, e a liberação para funcionar 24 horas por dia. A expectativa é que aumente o número de viagens, mas ainda não há confirmação de novas linhas.

Na foto, dois painéis com telas azuis mostram os poucos horários de voos disponíveis
Telões no terminal mostram os poucos voos disponíveis por dia - Carlos Villela/Folhapress

"Parece que tá todo mundo tranquilo. O importante é não ter pressa e deixar eles trabalharem", disse a professora de inglês Patrícia Ancona, 56, que retorna para casa em São Paulo e chegou ao aeroporto quase quatro horas antes de seu voo. Para ela, o maior problema hoje é o alto custo no valor das passagens.

"Não sei se as companhias aéreas estão querendo tirar uma diferença no valor, pois é outro, deu uma uma elevação grande", disse. Segundo Patrícia, "as companhias estão querendo superar o prejuízo delas nessas passagens".

Patrícia diz que seu marido gostaria de ir ao estado para o Dia dos Pais em agosto, mas o preço das passagens —cerca de R$ 4.000— inviabilizou a viagem. A alternativa mais barata que encontraram seria pagar pouco mais de R$ 800 em passagens de São Paulo a Florianópolis e de lá seguir caminho ao Rio Grande do Sul de carro ou ônibus. "Um transtorno", lamenta.

Visitando o filho que mora em Porto Alegre, ela chegou no dia 1º pela base aérea de Canoas. Para ela, mesmo com as limitações, o embarque e desembarque é "muito organizado", e elogiou as instalações do Salgado Filho. Ainda assim, as marcas da enchente a impressionam.

"A gente sente ainda um ambiente muito úmido, porque não tem aquecedor, e até um pouquinho de cheiro de mofo."

Um ônibus conecta o aeroporto Salgado Filho à pista da base aérea em uma viagem feita em tempo médio estimado de 20 minutos. Por isso, as operações de check-in são encerradas uma hora e meia antes do voo, e a concessionária pede que os passageiros cheguem três horas antes do horário marcado para a decolagem.

As operações do terminal improvisado no ParkShopping Canoas, que ocorriam desde 27 de maio, foram encerradas neste domingo (14).

Para Fabricio Cardoso de Lima, diretor de operações da Fraport para o Salgado Filho, o retorno ao aeroporto facilita o atendimento ao público.

"Nós temos aqui um espaço físico maior, o processamento de passageiros é mais ágil. A gente traz o passageiro de volta para o seu habitat", disse. O número de unidades de check-in, que era dois em Canoas, agora é 15.

"Tomando esses primeiros voos como parâmetro, a situação é muito boa. Nós não temos qualquer contratempo, tudo correndo da melhor forma."

A reabertura do Salgado Filho é limitada ao segundo e terceiro pavimento do terminal. O térreo ficou sob 65 centímetros de água e já foi limpo, mas segue fechado. Além da pista, a água danificou tamém a rede elétrica, sinalizações e esteiras de bagagens, e a Fraport ainda avalia o tamanho do prejuízo.

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