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Obras no Pacaembu são retomadas após paralisação de trabalhadores

Sindicato pediu ajustes em condições de segurança e diz que trabalho pode voltar a ser suspenso; não há data para reabertura

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São Paulo

Paralisadas na última quinta-feira (18) em uma mobilização do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias da Construção Civil de São Paulo (Sintracon-SP), as obras no estádio do Pacaembu foram retomadas na manhã de segunda (22).

De acordo com a organização, o motivo para a suspensão dos trabalhos foi a continuidade de irregularidades de segurança no canteiro de obras, mesmo depois de notificações do sindicato. Apesar da retomada, os trabalhadores afirmam que a categoria continua em estado de greve e pode parar novamente em caso de descumprimento de regras.

Em nota, o Sintracon-SP afirmou que, junto com uma comissão de trabalhadores, constatou melhora nas condições de segurança, "possibilitando a retomada parcial das atividades".

Ginásio sendo construído onde era o parque aquático do complexo do Pacaembu. há uma estrutura de piscina em concreto, vazia, arquibancadas nas laterais e, atrás da piscina, o ginásio, já com a parte coberta montada. atrás das arquibancadas há árvores e o céu está nublado
Obras na área do antigo parque aquático do Pacaembu, em São Paulo - Clayton Castelani - 18.abr.2024/Folhapress

O sindicato ainda diz que as obras na área do antigo tobogã continuam paralisadas até que a concessionária faça adequações seguindo normas de segurança do trabalho.

"A construtora PROGEN, se responsabilizou por todas as adequações que ainda são necessárias, inclusive pela entrega de um laudo técnico ao sindicato, comprovando o que foi feito na obra como um todo", afirma o Sintracon-SP.

A empresa faz parte do consórcio Allegra Pacaembu, responsável pelas benfeitorias e a operação da concessão do estádio.

Em nota, a concessionária disse que as obras em todo o complexo foram retomadas na manhã da última segunda-feira, após reunião com o Sintracon-SP e apresentação de detalhes dos ajustes solicitados pelo sindicato.

Histórico de polêmicas

Desde 2021, as obras têm sido motivo de atritos com a gestão Ricardo Nunes (MDB) e sua conclusão foi anunciada em diferentes ocasiões.

Um deles ocorreu em em 2022, quando a prefeitura anunciou que não entregaria a praça Charles Miller para a empresa. Na ocasião, a Allegra pedia compensações por um prejuízo que estimou em R$ 22 milhões, provocado pela impossibilidade de realizar eventos durante a pandemia, por erros no cálculo do tamanho do terreno e por atrasos na emissão de licenças, autorizações e alvarás.

A prefeitura respondeu, na época, que a pandemia não justificaria reequilíbrio do contrato e que a Allegra teve receita com a operação do estádio durante os anos de reforma. A gestão Nunes disse também que a responsabilidade pelos estudos no terreno é da concessionária.

Já os anúncios frustrados de reabertura ocorreram em janeiro deste ano, para a final da Copa São Paulo, conhecida como Copinha, e em abril, para um show de Roberto Carlos. Procurada sobre a previsão, a concessionária afirmou que "aguardará as próximas etapas de entrega do rito estipulado no contrato, já iniciadas em 27 de junho, antes de anunciar novas datas."

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