Descrição de chapéu violência

Polícia investiga se fragmentos de ossos encontrados são de funcionária da Apae de Bauru (SP)

Mulher está desaparecida desde o último dia 6 e caso é tratado como homicídio; ex-presidente da associação, que diz ser inocente, segundo sua defesa, foi preso

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São Paulo

A Polícia Civil de Bauru (SP) investiga se fragmentos de ossos humanos encontrados na investigação do desaparecimento de Claudia Regina da Rocha Lobo, 55, são da funcionária da Apae do município paulista, procurada desde o último dia 6. O caso é tratado como homicídio.

Roberto Franceschetti Filho, ex-presidente da associação, foi preso na última quinta-feira (15). Ele é suspeito de ser o responsável pelo desparecimento.

De acordo com a polícia, partes de ossos foram encontrados próximas a um buraco usado para queima de lixo, como papéis, em um centro esportivo na região onde ocorre a busca do corpo, às margens da rodovia Cesário José Castilho, que liga Bauru ao município de Arealva.

A imagem mostra uma mulher sorridente com cabelo cacheado e castanho escuro. Ela usa uma blusa de alças largas na cor rosa claro. O fundo é branco, destacando seu sorriso e expressão amigável.
Claudia Lobo, da Apae Bauru, está desaparecida desde o último dia 6 - Reprodução/Facebook

"Materiais apreendidos na data de ontem [terça-feira, 20] foram analisados preliminarmente pelo IML [Instituto Médico Legal] local e estão sendo enviados ao Núcleo de Biologia, em São Paulo, para confronto com as amostras de DNA já recolhidas do veículo, de pertences pessoais da vítima e de amostra da filha", afirmou polícia de Bauru, em nota.

"O laudo preliminar já apontou que aparentemente se tratam de fragmentos de ossos humanos", disse trecho do texto.

Na terça, a polícia afirmou ter encontrado os óculos de Claudia na mesma região.

Segundo o delegado Cledson Nascimento, responsável pelo caso, os óculos foram reconhecidos por parentes da vítima e vestígios passarão por perícia.

Também nesta terça-feira, a polícia afirmou que deu positivo o resultado do exame de confronto balístico realizado entre o estojo encontrado no interior de um veículo abandonado com vestígios de sangue e a pistola calibre 380 apreendida no cofre da residência de Franceschetti Filho.

O ex-presidente da Apae prestou depoimento formal na segunda-feira (19). Segundo o advogado Leandro Chab Pistelli, ele respondeu a todos os questionamentos feitos pela autoridade policial e afirmou ser inocente. O caso é mantido sob sigilo judicial.

A polícia instaurou inquérito e trata o caso como homicídio. A corporação disse não ver chances de encontrar Claudia com vida.

"Tratamos o caso como homicídio por causa dos vestígios encontrados no veículo, como o estojo de projétil", afirmou à Folha o delegado Nascimento, na sexta-feira.

Secretária-executiva da instituição, Claudia foi vista pela última vez no dia 6 de agosto ao deixar o prédio onde fica o escritório administrativo da Apae. Câmeras de segurança mostram a secretária-executiva caminhando até um carro da entidade, com um envelope na mão.

Ela saiu sem os documentos e o telefone celular e teria dito a outra funcionária que resolveria questões relacionadas ao trabalho.

A Spin branca foi localizada no dia seguinte em um bairro a sete quilômetros de distância. Desde então, parentes e amigos de Claudia estão mobilizados para tentar encontrá-la.

Além da prisão, a polícia apreendeu na casa do suspeito uma pistola do mesmo calibre do estojo encontrado no carro abandonado.

Os investigadores dizem acreditar que a funcionária da Apae tenha sido assassinada no dia do desaparecimento.

A investigação chegou ao local onde estão concentradas as buscas por causa de sinal emitido pelo celular de Franceschetti Filho, pouco depois de câmeras de monitoramento de Bauru registrarem a passagem do carro.

Em nota assinada pela vice-presidente Maria Amélia Moura Pini Ferro, a direção da Apae declarou que desde a prisão do ex-presidente tem trabalhado efetivamente para averiguar e tomar providências internas e externas que lhe competem em relação ao caso que está nas mãos das autoridades.

Também disse que o atendimento prestado pela associação não estão relacionados aos fatos e sem prejuízos nas unidades.

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