A Voepass –cujo avião que transportava passageiros de Cascavel (PR) a Guarulhos (SP) caiu no interior paulista nesta sexta (9)– é hoje a quarta maior companhia aérea do Brasil em participação de mercado.
Segundo os últimos dados divulgados pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o RPK (indicador utilizado pelo setor para mediar a demanda) registrado pela Voepass correspondia a cerca de 0,6% da participação de mercado em junho deste ano.
A empresa fica atrás das três principais companhias do setor –Azul, Latam e Gol–, que detêm, juntas, mais de 99% da demanda do mercado.
Anteriormente chamada de Passaredo, a empresa anunciou em agosto de 2019 a aquisição de 100% do controle societário da MAP Linhas Aéreas, numa tentativa de aumentar suas operações no aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital paulista.
A companhia registra um pico de reclamações de seus passageiros. Segundo relatório da Anac, a Agência Nacional de Aviação Civil, a cada 100 mil passageiros que viajaram com a Voepass neste ano, 67 registraram queixas —uma alta em relação à taxa média de 2023, de 38.
O valor é maior que o da Latam (61) e menor que o da Azul (78) e da Gol (74), para termos de comparação com as outras companhias aéreas nacionais. Nenhuma das concorrentes, no entanto, teve uma alta tão expressiva neste ano.
O índice leva em conta os quatro primeiros meses de 2024, já que os demais ainda não foram contabilizados pela plataforma, e representa o segundo maior valor de que se tem registro —atrás apenas da média de 2020, ano em que as companhias aéreas enfrentaram o período mais crítico da pandemia de Covid-19 para o turismo.
A maioria das reclamações (35,19%) é relacionada a alterações nos voos, o que inclui atrasos e cancelamentos. A execução dos voos vem em segundo lugar, e problemas com reembolso, em terceiro.
Hoje, a Voepass possui uma frota de aeronaves dos modelos ATR 72-500, ATR 72-600 e ATR 42-500. Os aviões ATR são turboélices bimotores de médio porte –modelos pensados para voos regionais em rotas domésticas, geralmente em locais com infraestrutura menos sofisticada.
A companhia também tem um acordo de codeshare com a Latam, que prevê a venda de bilhetes de uma empresa aérea em voos operados por outra companhia.
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