Mulher morta em apartamento no Bom Retiro tinha 16 anos

Kamila da Silva Lira foi identificada dois dias após a morte; chinês de 33 anos, que está preso, alegou legítima defesa

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São Paulo

A Polícia Civil identificou como Kamila da Silva Lira, 16, a mulher morta por um comerciante chinês na manhã de sábado (14) em um apartamento no Bom Retiro, no centro de São Paulo.

Lira, que não portava documentos quando foi encontrada baleada, foi identificada nesta segunda-feira (16). A mulher e o comerciante entraram no edifício no mesmo carro, segundo funcionários do condomínio.

Zhenhua Wu, 33, foi preso em flagrante após o crime. Ele disse à polícia que não tem advogado.

Em seu depoimento, o chinês afirmou ter atirado para se defender. Ele disse aos policiais civis que já havia se encontrado com a adolescente em outras ocasiões e que naquela madrugada ela teria tentado pegar uma arma para matá-lo. Wu afirmou que então tomou arma das mãos dela e atirou.

A imagem mostra um edifício residencial alto, com várias janelas e varandas, localizado em uma área urbana. Na parte inferior, há uma cerca branca e algumas árvores. Vários carros estão estacionados ao longo da rua, e o céu está nublado.
Mulher foi baleada em um imóvel residencial na rua Neves de Carvalho, no Bom Retiro, centro de SP - Reprodução/Google Street View

Apuração inicial indica que oito tiros atingiram a vítima. Questionado, Wu não soube dizer quantos tiros disparou. A prisão em flagrante foi convertida em preventiva (sem prazo) pela Justiça.

Segundo os policiais militares que atenderam a ocorrência, ao entrar no apartamento eles encontraram o homem sentando no chão, sem esboçar reação. Ainda de acordo com o relato dos policiasi no boletim de ocorrência, o suspeito aparentava confusão mental.

A vítima estava nua e foi encontrada baleada, caída no chão. A arma do crime foi encontrada próxima à cabeça da vítima, e diversas cápsulas de munição estavam espalhadas pelo local.

A morte da adolescente foi constatada no local por uma médica.

O caso foi registrado como feminicídio na 1° DDM (Delegacia da Mulher), no Cambuci, centro de São Paulo. A arma que o comerciante portava, uma pistola Canik, de origem turca, não possui registro e é de uso restrito.

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