Descrição de chapéu São Paulo

Natália Becker se torna ré pela morte de empresário após peeling de fenol

OUTRO LADO: Defesa afirma que inocência dela será demonstrada

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São Paulo

A Justiça de São Paulo tornou ré Natalia Fabiana de Freitas Antonio, conhecida como Natalia Becker, 29, pela morte do empresário Henrique da Silva Chagas, 27, após um procedimento de peeling de fenol em uma clínica de estética da zona sul em 3 de junho deste ano.

Em agosto, a Polícia Civil havia indiciado Natalia, que é a dona da clínica e responsável pelo procedimento estético, sob suspeita de homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar, após concluir a investigação do caso.

Uma mulher está em frente a vários microfones, aparentemente dando uma declaração ou respondendo a perguntas durante uma coletiva de imprensa. Ao fundo, um homem observa a cena atentamente. O ambiente sugere um cenário institucional ou corporativo, com um extintor de incêndio e sinalizações de segurança visíveis na parede ao fundo
Natalia Fabiana de Freitas Antonio, 29, que se apresentava como Natalia Becker é a dona da clínica e a responsável pela aplicação do produto - Reprodução

Tatiane Forte, que defende Natalia, afirmou que a defesa discorda da denúncia recebida pela Justiça porque o Ministério Público não apresentou elementos mínimos ou suficiente para a acusação.

"Contudo, neste momento, a Justiça cumpre o seu papel institucional, pela ordem jurídica e constitucional, e pelo imperativo do devido processo legal, em assegurar, à Natalia, a ampla defesa e o contraditório, sede processual em que será demonstrado todos os motivos da inocência de Natalia, deixando patente que Natalia não praticou qualquer ilicitude ou irregularidade", afirmou.

Laudo produzido pelo IML (Instituto Médico Legal) atestou que o empresário morreu após inalar o produto químico fenol durante o procedimento estético na clínica no Campo Belo.

De acordo com o documento, Chagas sofreu uma "parada cardiorrespiratória em decorrência de edema pulmonar agudo desencadeado por ação inalatória local do agente químico fenol".

Ainda segundo o laudo, a inalação do ácido volátil fenol, usado topicamente na pele da vítima e identificado qualitativamente em exame toxicológico em fragmentos de pele e tecido, provocou alterações em epiglote, laringe, traqueia e pulmões, culminando num edema pulmonar agudo responsável pela morte.

As alterações ocasionaram danos na função respiratória.

O médico legista Ricardo Rioji Fusel de Ue, responsável pelo laudo, ainda descreveu que a escarificação apresentada na face poderia ter contribuído para um aumento da absorção do produto. Nas amostras de sangue coletadas do corpo da vítima não foram encontrados resquícios de drogas, álcool ou medicamentos.

Chagas pagou R$ 4.500 pelo tratamento e foi até a clínica acompanhado do namorado.

Em nota divulgada pelos seus advogados, a família de Henrique Chagas afirmou que os laudos do IML foram conclusivos em relação à causa da morte.

"Os laudos só vieram a corroborar que Henrique da Silva Chagas foi assassinado por Natalia Fabiana de Freitas Antonio - Natalia Becker, que causou-lhe a morte de maneira extremamente cruel, uma vez que ele teve diversos órgãos internos corroídos pelo ácido fenol, tais como pulmões, fígado, baço, rins, laringe e cordas vogais", diz a nota.

"A família e a sociedade esperam pela rápida resposta da Justiça, iniciando-se com a decretação da prisão preventiva de Natalia Fabiana de Freitas Antonio - Natalia Becker, uma vez que com atrocidade a mesma ceifou a vida de um jovem sonhador, filho único e arrimo de família."

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