Entrega. É a palavra que define Gustavo Codas Friedmann na opinião de um dos filhos, o mestrando em filosofia Iuri Faria Codas, 31.
“Mesmo muito inserido na política, ele nos passou conceitos de vida. O seu mote de vida era ‘entender o mundo para mudar o mundo’. Ele repetia a frase com frequência”, conta.
Gustavo era economista, consultor da Fundação Perseu Abramo, da Confederação Sindical nas Américas e do Colégio Latino-Americano de Estudos Mundiais, além de assessor de relações internacionais da CUT.
Defensor das causas sociais e da educação pública de qualidade, tinha na paixão pela leitura sua marca pessoal.
Segundo Iuri, Gustavo deve ter comprado perto de 10 mil livros. Tinha quatro bibliotecas e frequentemente doava livros a projetos sociais e bibliotecas do Brasil e do Paraguai.
A poesia também ocupou um espaço da sua vida, mas o privilégio de conhecê-lo como poeta ficou restrito à família e aos amigos mais íntimos.
Assim como as poesias, os episódios de humor próprio e inteligente eram compartilhados no âmbito familiar.
O esporte também teve seu lugar em sua vida. Gustavo foi lutador de caratê. Recentemente, era adepto da bicicleta.
Gustavo morreu dia 11 de agosto, aos 60 anos, de parada cardíaca. Ele foi encontrado morto por um dos filhos no apartamento onde vivia em São Paulo.
Além do legado na militância social e política, deixa a atual companheira e três filhos.
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