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Escolas de elite sugerem dividir em duas as férias de julho

Diante do prolongamento da quarentena, as escolas se viram pressionadas a antecipar as férias

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São Paulo

A Associação Brasileira de Escolas Particulares (Abepar), que reúne colégios de elite como Bandeirantes, Oswald de Andrade, Pentágono, Lourenço Castanho e Escola da Vila, emitiu comunicado após reunião na noite desta quarta-feira (15) colocando como possibilidade que as férias de julho, em razão da quarentena, sejam divididas em dois períodos, o primeiro em maio e o segundo em outro momento do ano, a ser definido.

No início do isolamento, a associação havia sido contrária à antecipação das férias, defendendo a adoção imediata do ensino à distância. Diante do prolongamento da quarentena, as escolas se viram pressionadas por parte das famílias a antecipar as férias, especialmente no caso do infantil e do fundamental 1 (1º a 5º ano), em que os alunos precisam do suporte dos pais, já sobrecarregados com home office e tarefas da casa. Alguns deles questionam inclusive o pagamento da mensalidade neste período. ​

Como as opiniões são as mais variadas possíveis dentre as famílias e os educadores, e diante das incertezas em relação ao término do confinamento, a Abepar optou por não cravar um posicionamento.

“A Abepar entende que não há uma solução única capaz de dar resposta adequada às realidades e às demandas das diferentes comunidades escolares envolvidas. Diante disso, é necessário adotarmos uma estratégia flexível que permita a cada escola atender a sua comunidade da forma mais satisfatória possível”, afirmou, em comunicado, seguindo com a sugestão da divisão das férias: “A manutenção do calendário oficial –férias escolares de 30 dias em julho– é perfeitamente recomendável para algumas de nossas associadas. Outra alternativa possível e legítima é a divisão das férias escolares em dois momentos: parte agora em maio e a parte complementar em outro período do ano”.

Do ponto de vista pedagógico, considera-se que seria interessante, se as escolas fossem reabertas em junho, que julho fosse um mês de aulas presenciais, não de férias. Mas também há uma corrente que defende que a interrupção das aulas virtuais, neste cenário de isolamento, pode ser prejudicial para os alunos do ponto de vista emocional.

A Escola da Vila, por exemplo, que faz parte da diretoria da Abepar, pretende postergar o início das férias para meados de maio ou para o mês de junho. “O trabalho remoto está fluindo bem para estudantes e professores, e interromper esse processo agora poderia ser prejudicial”, afirma a diretora, Fernanda Flores.

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