MEC prorroga inscrições no Enem após baixa adesão de alunos da rede pública

Prazo, que se encerraria nesta sexta-feira (22), é prorrogado até a próxima quarta (27)

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Brasília

O Inep (Instituto Nacional e Estudos e Pesquisas Educacionais) anunciou a prorrogação do prazo de inscrições para o Enem 2020, que se encerraria nesta sexta-feira (22).

As inscrições para o exame seguem, agora, até quarta-feira (27), segundo o ministro Abraham Weintraub (Educação) escreveu nas redes sociais.

A decisão foi tomada após pedido das secretarias estaduais de Educação, que identificaram baixa adesão de alunos concluintes do ensino médio —reflexo da pandemia de coronavírus.

O ministro Abraham Weintraub foi pressionado a mudar a data do exame - Adriano Machado - 15.mai.19/Reuters

O exame ocorreria em novembro, mas foi adiado por 30 ou 60 dias, ainda sem data definida.

Weintraub vinha ignorando pedidos de adiamento, mas mudou de posição após iminente derrota no Congresso sobre o tema. O presidente Jair Bolsonaro deu o aval para a alteração.

Várias redes estaduais, como a de Pernambuco, identificaram baixa adesão porque inscrições dependem da infraestrutura de internet das escolas. O exame já recebeu 5.151.868 de inscrições, mas é a pouca participação dos alunos de 3º ano do ensino médio público que preocupa os dirigentes.

O Consed, que representa secretários de Educação dos Estados, havia solicitado na quinta-feira (21) o adiamento.

"Na comparação com as edições anteriores, até o momento, a maior parte das redes estaduais alcançaram um número inferior de inscrições quando considerados os estudantes concluintes do Ensino Médio da rede pública, o que irá impactar no acesso ao ensino Superior daqueles mais precisam", diz comunicado do órgão.

Em nota, o Inep informou que a prorrogação das inscrições decorreu do entendimento firmado com o Consed. "O Inep está atento a todas as manifestações da sociedade e do poder público", diz a nota.

Somente após uma consulta pública com os inscritos, que deve ocorrer em junho, o governo vai decidir as datas da prova.

O movimento pelo adiamento da prova teve como argumento o risco de prejuízo para estudantes mais pobres e de escolas públicas, com piores condições para manter os estudos em meio à pandemia.

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