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MEC anuncia consulta sobre datas do Enem, que pode ser até em maio de 2021

Participantes se manifestarão sobre três possíveis períodos para provas, dois deles no ano que vem

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Brasília

O MEC (Ministério da Educação) anunciou nesta quarta-feira (10) o início de uma consulta pública com inscritos no Enem para definir a data de realização do exame, que pode ocorrer entre dezembro deste ano, janeiro ou até maio de 2021.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, era contrário ao adiamento do exame, marcado anteriormente para novembro. As redes de ensino pediam o adiamento por causa do fechamento de escolas em decorrência da pandemia de coronavírus.

O MEC só concordou em fazer a remarcação da prova devido à iminência de decisão do Congresso neste sentido --o Senado chegou a aprovar projeto pelo adiamento. Até agora, no entanto, não se cogitava a aplicação para depois de janeiro, como anunciado nesta quarta.

As opções de datas serão apresentadas nessa consulta, cuja realização é uma insistência de Weintraub. A consulta será feita pela página do participante do Enem entre os dias 20 e 30 de junho.

As opções de datas da consulta serão as seguintes:

Primeira opção
Enem impresso: 6 e 13 de dezembro de 2020
Enem digital: 10 e 17 de janeiro de 2021

Segunda opção
Enem impresso: 10 e 17 de janeiro de 2021
Enem digital: 24 e 31 de janeiro de 2021

Terceira opção
Enem impresso: 2 e 9 de maio de 2021
Enem digital: 16 e 23 de maio de 2021

O Enem é a principal porta de entrada para o ensino superior público. O exame teve 6,2 milhões de inscritos neste ano. O governo Jair Bolsonaro inicia nesta edição uma aplicação piloto pelo computador --do total de inscrições, 101.100 foram para o Enem digital.

A maioria dos países com provas semelhantes ao Enem fez alterações de cronograma por causa da pandemia. Redes públicas de ensino têm apostado em atividades onlitne para manter o ensino durante o período de fechamento de escolas, mas insistem no adiamento da prova por causa do prejuízo de seus alunos, sobretudo os mais pobres.

No Brasil, a desigualdade no acesso à internet é um entrave para esse processo. Como a Folha revelou em maio, 3 em cada 10 participantes que concluíam o ensino médio na rede pública e fizeram o Enem em 2018 não tinham acesso à internet.

Na escola privada, 3,7% disseram não ter internet em casa. Os estudantes do 3º ano do ensino médio, chamados de concluintes, compõem o público cuja preparação para o Enem foi mais afetada pelo fechamento de escolas por causa do coronavírus, em março.

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