Governo Lula vai reajustar em 40% bolsas de mestrado e doutorado

Há expectativa de que presidente faça o anúncio nesta quinta-feira (16); benefícios não tinham aumento desde 2013

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Brasília

O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciará o reajuste nas bolsas de pós-graduação e pesquisa pagas pelos órgãos de fomento do governo federal. O aumento para benefícios de mestrado e doutorado será de 40%.

A ampliação do valor das bolsas foi uma promessa de campanha do petista. Há expectativa de que ele faça o anúncio dos reajustes nesta quinta-feira (16).

No mestrado, a bolsa passará de R$ 1.500 para R$ 2.100 mensais e, no doutorado, de R$ 2.200 para R$ 3.100.

SÃO PAULO, SP, 05.12.2019 -  TETOS ? Faculdade de Arquitetura da USP - FAU. (Foto: Carolina Daffara/Folhapress)
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, em São Paulo - Carolina Daffara - 5.dez.19/Folhapress

Os auxílios também vão aumentar para bolsas de pesquisadores no pós-doutorado. Subirão de R$ 4.100 para R$ 5.200.

A Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) tem ativos, no total, 99 mil bolsistas na pós-graduação. Destes, 44 mil são de mestrado, outros 51 mil, de doutorado e 4.400, de pós-doutorado.

Ligada ao MEC (Ministério da Educação), a Capes é responsável pela regulação e fomento da pós-graduação brasileira. Os valores das bolsas não eram reajustados desde 2013.

Caso fosse aplicada a inflação do período, as bolsas de mestrado e doutorado deveriam passar por um reajuste de 72% para que o poder de compra fosse o mesmo de 2013.

Também serão reajustados os valores das bolsas fornecidas pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), nos mesmos moldes. O órgão, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, reúne cerca de 77 mil pesquisadores bolsistas.

Durante o governo Jair Bolsonaro (PL), houve redução de número de bolsas, mudanças em áreas prioritárias e atrasos de pagamentos. No fim da gestão, no entanto, houve recuperação no volume de bolsas concedidas, que ficou praticamente estável à realidade de 2018, último ano do governo Michel Temer (MDB).

O atual governo afirma que vai recompor a quantidade de bolsas oferecidas. No caso do mestrado, por exemplo, em 2015 havia 58,6 mil bolsas, número que caiu para 48,7 mil em 2022, redução de quase 17%. Agora, a estimativa é de que sejam ofertadas 53,6 mil.

Os alunos de iniciação científica no ensino médio também vão ser contemplados. Serão 53 mil bolsas para estimular jovens estudantes a se dedicar à pesquisa e à produção de ciência que vão passar de R$ 100 para R$ 300.

As bolsas para formação de professores da educação básica terão reajuste entre 40% e 75%. Em 2023, haverá 125,7 mil bolsas para preparar melhor os professores, peça central na elevação da qualidade do ensino básico. Atualmente, os valores dos repasses variam de R$ 400 a R$ 1.500.

A Bolsa Permanência terá o primeiro reajuste desde que foi criada, em 2013. O auxílio financeiro é voltado a estudantes quilombolas, indígenas e em situação de vulnerabilidade socioeconômica matriculados em instituições federais de ensino superior. A intenção é contribuir para a permanência e diplomação dos beneficiários. Os percentuais de aumento vão variar de 55% a 75%. Atualmente, os valores vão de R$ 400 a R$ 900.

Erramos: o texto foi alterado

As bolsas de pós-doutorado subirão de R$ 4.100 para R$ 5.200, não de R$ 4.200 para R$ 5.100, como publicado em versão anterior deste texto. 

 

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.