Tarcísio diz que não vai ampliar tempo integral antes de melhorar estrutura das escolas

Governador acompanhou o primeiro de aulas da rede estadual de São Paulo nesta sexta-feira (3)

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São Paulo

No primeiro dia de aulas das escolas estaduais de São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse que não vai manter a política de expansão acelerada do modelo de ensino integral. Para ele, é preciso antes investir na qualidade das que já possuem a jornada ampliada.

"Nesse primeiro momento, não vamos continuar ampliando. Não adianta aumentar o tempo integral sem qualificar e estruturar as que já têm", disse o governador nesta sexta-feira (3). Ele acompanhou o primeiro de aulas na escola estadual Rômulo Pero, na zona norte da capital.

O governador, Tarcísio de Freitas, e o secretário de Educação, Renato Feder
O governador, Tarcísio de Freitas, e o secretário de Educação, Renato Feder - Flávio Florido/Seduc-SP/Divulgação

A expansão das escolas de tempo integral foi a principal aposta da gestão de João Doria e Rodrigo Garcia (PSDB) para o ensino paulista nos últimos quatro anos. Em 2019, 417 unidades da rede estadual tinham o modelo. Em 2023, são 2.311 com a modalidade.

A implantação acelerada trouxe problemas para a rede de ensino paulista, como falta de vagas em regiões da capital e a transferência de alunos para o ensino noturno. Em alguns casos, as escolas também passaram a receber os estudantes por mais tempo mesmo sem ter estrutura adequada para isso.

"Vamos olhar a infraestrutura das escolas que já têm o modelo e cuidar delas. Houve uma ampliação muito rápida nos últimos anos e agora precisamos olhar para o que faltou. Vamos melhorar a infraestrutura, preparar bons materiais didáticos", disse o governador.

Tarcísio afirmou que sua aposta para melhorar a qualidade da educação paulista é a ampliação do ensino profissionalizante. "Temos o desafio adicional de agregar o ensino profissionalizante nas escolas de tempo integral. Por isso, vamos ter esse cuidado e zelo na ampliação."

No início de janeiro, Renato Feder, secretário de Educação, disse que a meta do governo é ter metade das matrículas do ensino médio com a oferta de ensino profissionalizante. Atualmente, só 10,6% (cerca de 143,8 mil de uma rede com mais de 1,35 milhão nessa etapa) dos alunos da rede estadual estão em cursos técnicos.

A gestão de Tarcísio também tem defendido a inclusão de novas disciplinas na grade escolar como forma de tornar o ensino mais atraente para os jovens. Entre os planos está, a partir de 2024, implantar aulas de programação e educação financeira no currículo das escolas.

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