Aluno e sua mãe são suspeitos de agredirem professora em escola de SP

Caso foi registrado por câmera de escola estadual em Embu Guaçu

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São Paulo

Um estudante de 17 anos e sua mãe são suspeitos de terem agredido uma professora com tapas e chutes na Escola Estadual Donizetti Aparecido Leite, em Embu Guaçu, na Grande São Paulo.

O caso aconteceu na terça-feira (17) e foi registrada por uma câmera da escola. O vídeo mostra a professora saindo da sala da diretoria, e a mãe do aluno se aproximando. A discussão começa, e a mãe coloca o dedo próximo ao rosto da docente, que a afasta com o braço e sai andando em outra direção.

Professores preparam cartaz para manifestação contra violência na Escola Estadual Donizetti Aparecido Leite, em Embu Guaçu, onde um aluno e sua mãe agrediram professora a tapas e chutes - Arquivo pessoal

A mãe do aluno a segue, a puxa pela blusa e começa a estapear seu rosto. As duas caem no chão, um garoto entra no meio delas para tentar defender a professora e, enquanto isso, o estudante de 17 anos, de pé, começa a chutá-la. Ele lhe dá três chutes até ser detido por outras pessoas que estavam no local. A reportagem teve acesso ao vídeo.

O caso foi registrado na delegacia da cidade. A professora disse à reportagem que o estudante tem um histórico de agressões.

Ainda segundo ela, há episódios de violência na escola envolvendo outros alunos. A docente citou um caso no qual outra professora levou um soco nos seios ao tentar separar a briga de duas meninas.

A Secretaria de Educação de São Paulo disse que o caso foi registrado em boletim de ocorrência, e que repudia toda forma de violência. Afirmou também que uma equipe irá à escola na próxima semana para prestar apoio aos profissionais e debater estratégias para resolver os problemas de convivência na unidade.

A professora afirmou que a discussão de terça-feira começou porque o jovem estava beijando a namorada dentro da sala de aula. Ela disse que pediu para eles pararem e que, na sequência, foi xingada de "vagabunda" pelo aluno. A docente afirmou que ficou nervosa com a situação e, em resposta, disse "só se for a sua mãe". O rapaz ouviu e avisou a mãe, que foi até a escola para tirar satisfação.

A professora afirmou que está com o olho roxo, os braços ralados e com hematomas nas pernas e nas costas. Disse que está sentindo dor e que teve síndrome do pânico quando teve de sair de casa na quarta-feira (18) para fazer um exame de perícia. Ela está de licença médica por uma semana, mas disse que vai pedir para prorrogar porque tem medo de voltar.

A Folha não conseguiu localizar a mãe do aluno.

Um grupo de professores escreveu uma carta alertando sobre "os repetidos casos de violência no ambiente escolar" e a "falta de coibição ou pronta resposta das autoridades competentes". O documento é endereçado à Secretaria de Educação, à Diretoria de Ensino da região, à Secretaria de Segurança e ao Conselho Tutelar.

Para esta sexta-feira (20), está programada uma manifestação na escola.

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