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Ricardo Podval e Carlo Pereira

Um pacto pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

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A convite do Pacto Global da ONU e da Bloomberg Philanthopies, acompanhamos alguns dos mais de mil eventos que aconteceram paralelamente à semana da assembleia geral da ONU em New York. 

Chefes de Estado, sociedade civil, ONG, fundações, grandes empresas, empresários e startups de impacto social buscavam o protagonismo e a responsabilidade em debater temas emergenciais como alteração climática, Amazônia, educação, igualdade de gênero, refugiados, entre outros temas inseridos nos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável da agenda 2030 das Nações Unidas.

Em reunião privada, o secretário-geral Ban Ki-Moon mencionou o ODS 13 (Combate Contra as Ações Climáticas) como objetivo mais urgente para os dias de hoje. No entanto fez questão de citar o ODS 16 que prega a promoção de sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, para proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis, como o grande alicerce de todos os outros ODSs.  Segundo Ban Ki-Moon, "não se constrói uma casa sem uma boa base". Assim ele questionou como podemos desenvolver as metas para os diferentes ODS em países sem justiça e com instituições fracas.

Em pleno século 21, sistemas de justiça justos e eficientes “permanecem fora do alcance” de aproximadamente 5 bilhões de pessoas (ODS 16). As organizações da sociedade civil e os defensores dos direitos humanos estão enfrentando níveis crescentes de intimidação, perturbação e violência, enquanto imigrantes e refugiados sofrem níveis "intoleráveis" de insegurança, maus tratos e discriminação.

O que me remete à incansável luta da Patricia V. Marino à frente do Instituto Humanistas 360, para promover o engajamento dos cidadãos e a transparência das instituições, condições indispensáveis para restaurar a paz social no continente.

Notou-se claramente a percepção de urgência dada pelos diferentes atores. Isso representado no tom inflamado da ativista Greta Thunberg, do secretário-geral António Guterres, o ex-CEO da Unilever Paul Polman, o ex-vice-presidente americano Al Gore e de muitos dos líderes presentes. Outro ponto muito evidente foi a transição do discurso para a prática, ação.

Muitos compromissos foram estabelecidos por empresas e ONGs nos mais diversos eventos.

Como o movimento do 1,5ºC, liderado pelo Pacto Global da ONU e com a participação de mais de 20 outras instituições. Esse movimento prevê o compromisso de empresas para reduzirem suas emissões a fim de limitar o aquecimento do planeta em 1,5ºC até o final do século.

O Civi-Co e o Pacto Global estreitaram ainda mais seu relacionamento. O projeto agora é aproximar de forma sistêmica as startups de impacto social residentes do Civi-Co das grandes empresas que fazem parte do Pacto Global, buscando de formas disruptivas e desafiadoras soluções para o cumprimento da agenda dos ODSs de 2030.

"Prestes a completar dois anos e com mais de 70 startups em seu portfólio, o Civi-Co lançará em breve um fundo de impacto social transformando capital financeiro em capital cívico", diz Ricardo Podval, sócio-fundador.

Ricardo Podval

Diretor-presidente e fundador do Civi-Co, parceiro do Prêmio Empreendedor Social

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