O projeto No Clima da Caatinga, da Associação Caatinga, venceu o prêmio “Experiências inovadoras para a promoção do desenvolvimento sustentável” pelo trabalho realizado em dez comunidades rurais do município de Buriti dos Montes (PI). A cerimônia de premiação ocorreu na quarta-feira (18) em Teresina.
A honraria é organizada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e busca apoiar iniciativas que promovam o desenvolvimento sustentável em comunidades rurais dos estados do Amazonas e do Piauí.
Além da ações no Piauí, o No Clima da Caatinga também atua com o patrocínio da Petrobras em outras 30 localidades do município de Crateús (CE), além de apoiar a gestão e proteção da Reserva Natural Serra das Almas, uma unidade de conservação com 6.285 hectares de extensão.
O trabalho inclui atividades de distribuição de tecnologias sustentáveis, de educação ambiental, de empoderamento feminino, de criação e gestão de áreas protegidas, de incentivo a pesquisas científicas e de conservação da fauna e da flora da Caatinga.
O projeto acontece desde 2017, e o objetivo é desenvolver uma convivência sustentável do sertanejo com o semiárido, mitigando os efeitos do aquecimento global e sensibilizando os moradores da região sobre a importância da preservação do bioma.
As atividades abrangem oficinas de educação ambiental, pesquisa científica e distribuição de tecnologias sociais. Estes processos estimulam a geração de renda para os sertanejos, bem como contribuem com a conservação da região.
O No Clima da Caatinga ainda atua na capacitação de professores da rede pública de Buriti dos Montes —a ideia é multiplicar o conhecimento sobre o bioma na sala de aula.
Além disso, a equipe de educação ambiental do projeto realiza campanhas de sensibilização sobre os malefícios da caça ilegal nas comunidades da região e visita escolas para apresentar uma exposição itinerante que aborda, de forma acessível, as principais informações sobre a Caatinga.
O projeto também evitou a emissão de mais de 300 mil toneladas de gás carbônico para a atmosfera, monitorou a restauração de 61 hectares da região e realizou pesquisas sobre a onça-parda (Puma concolor) e o tatu-bola (Tolypeutes tricinctus), espécies nativas ameaçadas de extinção.
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