Vivenda lança instituto para dar visibilidade ao déficit habitacional qualitativo

Empresa deixa de ser executora de obras e se torna holding, reforçando seu papel de estruturadora do setor de reformas em comunidades

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São Paulo

A Vivenda, empresa que reforma habitações a baixo custo, lança hoje (1º) seu instituto, pilar que atuará com pesquisa e disseminação de conhecimento para dar visibilidade ao tema do déficit habitacional qualitativo. Em evento virtual nesta quinta-feira, às 18h30, será anunciado um movimento nacional para provocar soluções colaborativas em territórios vulneráveis.

O Instituto Vivenda viabilizará subsídios públicos e privados para soluções que gerem valor em obras e também em pesquisa, tecnologia social e habilitações técnicas.

Nasce com um ‘action tank’, lugar que congrega atores distintos —poder público, academia, empresas e empreendedores— para pensar e debater melhorias habitacionais.

"Nosso propósito é criar caminhos e viabilizar acessos onde não há, para que todos, sem exceção, possam morar bem e viver dignamente, com conforto, segurança e sentindo orgulho de seus lares", diz Fernando Assad, cofundador da Vivenda e membro da Rede Folha de Empreendedores Socioambientais.

O lançamento faz parte da mudança do modelo de negócio da Vivenda, que planeja atingir um mercado de reformas ainda não endereçado, que possui jornada fragmentada e desestruturada.

Em abril deste ano, a empresa deixou de ser uma executora de obras e se tornou holding, reforçando seu papel de estruturadora do setor de reformas em comunidades. Atua agora por meio de três iniciativas —uma plataforma, uma aceleradora e um instituto.

Para escalar o volume de obras e expandir sua atuação geográfica, uma vez que 41 milhões de domicílios de famílias de baixa renda no Brasil necessitam de reformas, a Vivenda deixou de executar obras com equipe própria. Via plataforma de marketplace online, passou a conectar quem quer contratar a reforma diretamente com executores de serviços.

Já com a aceleradora, a Vivenda Play, a empresa certifica novos negócios e arquitetos sociais que atuam com desenvolvimento de moradia digna.

"A gente pega esse arquiteto, que se interessa em trabalhar com pessoas em situação de vulnerabilidade, e ele passa por uma jornada de educação empreendedora que o transforma no arquiteto da causa", afirma Assad.

O instituto também tem a missão de trabalhar com obra subsidiada, atendendo moradores que não têm condição de pagar uma parcela e estão fora da estrutura de financiamento.

O lançamento contará com uma mesa redonda virtual nesta quinta-feira com a participação de Paulo Boneff (Gerdau), Tullio Ponzi (Prefeitura do Recife) e Lígia Lupo (plataforma Nova Vivenda), mediada por Eliane Trindade, jornalista da Folha.

Na segunda parte do evento, será anunciado o movimento nacional, iniciativa do Instituto Vivenda, que se compromete a dar visibilidade ao problema do déficit habitacional qualitativo e suas consequências, provocando a criação de soluções colaborativas.

"O impacto de uma reforma vai muito além da transformação do ambiente: é uma faísca para uma transformação ampla na vida das pessoas", afirma Assad.

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