Roberto Kikawa, criador das carretas da saúde, é homenageado em livro

"Amor sobre rodas" conta história do médico, morto em assalto em 2018, e de seu legado para saúde pública

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São Paulo

Será lançado nesta quarta-feira (10) livro em homenagem a Roberto Kikawa, médico que criou as carretas da saúde e revolucionou o atendimento no sistema público no país. "Amor sobre rodas" narra a trajetória do gastroenterologista que foi​ morto durante um assalto, em 2018, em São Paulo.

Um dos maiores especialistas em endoscopia do país, tendo atuado no Hospital Sírio-Libanês, Kikawa abandonou a promissora carreira na medicina privada para empreender.

homem japonês sorri em frente a carreta
O médico Roberto Kikawa, fundador das carretas que levam atendimento especializado para comunidades vulneráveis - Divulgação

Fundou, em 2008, o Centro de Integração de Educação e Saúde (Cies) para oferecer atendimento médico especializado ao SUS por meio de unidades modulares e de um sistema de gestão de saúde. Foi reconhecido mundialmente por seu impacto social, integrou as redes Schwab e Folha e venceu o Prêmio Empreendedor Social 2010.

Até sua trágica morte, mais de duas milhões de pessoas foram beneficiadas com os serviços e atendimentos especializados gratuitos realizados nas unidades móveis em inúmeros estados do país.

"Dr. Roberto dedicou sua vida a ajudar pessoas em alta vulnerabilidade social por meio da medicina", afirma Iseli Reis, prima de Kikawa e CEO da Fleximedical, negócio de impacto social fundado em 2004 com o mesmo propósito: democratizar o acesso à saúde, transformando carretas, ônibus, vans e contêineres em hospitais sobre rodas.

Em 2020, a atuação da Fleximedical na pandemia foi um dos destaques no Prêmio Empreendedor Social do Ano em Resposta à Covid-19.

"Convidamos amigos, médicos, empreendedores sociais, representantes do poder público, acadêmicos e administradores do mercado financeiro para registrar uma homenagem", diz Ricardo Lauricella, que trabalhou com Kikawa por dez anos e realizou o desejo antigo do colega de transformar sua história em livro.

Com 128 páginas e relatos de diversas pessoas que conviveram com Kikawa, o livro está disponível gratuitamente neste site para leitura e download.

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