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O que são as bolinhas que aparecem na pele conforme envelhecemos?

Chamadas acrocórdons, estruturas não têm potencial maligno e podem ser removidas

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Melinda Wenner Moyer
The New York Times

Com o passar dos anos, notei cada vez mais acrocórdons brotando em lugares estranhos do meu corpo. O que são, exatamente? E há algo que eu possa (e deva) fazer para me livrar deles?

Acrocórdon é o nome dado às bolinhas que surgem com mais frequência no corpo conforme envelhecemos. A estrutura pode aparecer em lugares incomuns: no pescoço, embaixo dos braços, talvez até na virilha. E para muitas pessoas podem ser extremamente irritantes –especialmente se ficarem presos em joias ou roupas, ou quando sangram ocasionalmente.

Pesquisas sugerem que mais da metade dos adultos desenvolverá pelo menos um acrocórdon durante a vida.

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Acrocórdon não tem potencial maligno - Duangjan/Adobe Stock

A boa notícia, segundo Angela Lamb, dermatologista do Hospital Mount Sinai, em Nova York, é que eles são inofensivos. "São completamente benignos", diz ela. "Têm potencial maligno zero."

Mas, como os acrocórdons podem estar associados a outras condições, é importante entender como identificá-los e quando procurar um profissional de saúde.

O que são acrocórdons e por que eles se desenvolvem?

Os acrocórdons são crescimentos macios que se projetam da superfície da pele. Podem variar em aparência, mas geralmente são do tamanho de um grão de arroz e podem ser da cor da pele ou mais escuros.

Como às vezes podem se parecer com as lesões associadas ao câncer de pele, geralmente é aconselhável consultar um médico se você não tiver certeza. "Qualquer coisa que o preocupe, qualquer novo crescimento que surja na pele, é uma boa ideia fazer uma checagem", afirma Lamb.

Quanto as causas, ninguém sabe realmente, diz ela. Eles são mais propensos a aparecer com a idade e tendem a brotar em partes do corpo que se esfregam umas nas outras.

Também são mais comuns em mulheres grávidas, então os hormônios podem desempenhar um papel, acrescenta Lamb. Também tendem a ser genéticos, por isso, "se seus pais tinham acrocórdons, você provavelmente terá", afirma.

Algumas pesquisas sugerem que a presença de acrocórdons está associada à resistência insulínica, um precursor do diabetes tipo 2. "Se você está tendo muitos deles", indica Whitney Bowe, dermatologista de Westchester County, Nova York, "você deve mostrar ao seu médico", que poderá recomendar exames de sangue.

Como se livrar

Como eles não representam nenhum risco, não há necessidade de remover os acrocórdons, diz Lamb. No entanto, algumas pessoas preferem tirá-los porque os acham feios ou irritantes.

A maneira mais segura de realizar a remoção é com a ajuda de um dermatologista, pontua Bowe.

Um método disponível envolve anestesiar a área ao redor com uma injeção de lidocaína e, em seguida, cortá-lo com uma tesoura afiada e curva. A ferida é então tratada com uma substância química que interrompe o sangramento e ajuda a prevenir infecções.

Outra abordagem comum de remoção no consultório é a eletrodissecação, afirma Bowe, que envolve anestesiar a área com lidocaína e, em seguida, usar um instrumento especial que aplica uma corrente elétrica no local, matando o tecido.

Em uma terceira abordagem, conhecida como crioterapia, o médico mergulha um instrumento semelhante a uma pinça em nitrogênio líquido e aperta a base do acrocórdon, o que basicamente o destrói e o faz cair em poucos dias, diz Bowe. O congelamento em si não dói mas você pode sentir alguma dor quando o tecido descongelar.

Após a remoção por um médico, é bom cobrir a ferida com uma fina camada de pomada, como vaselina, e um curativo adesivo. A pele geralmente cicatriza em uma semana, afirma Lamb.

Existem alguns remédios caseiros populares para remoção, mas os dermatologistas não recomendam-os. Um deles envolve cortar o suprimento de sangue de um acrocórdon amarrando um pedaço de barbante ou fio dental ao redor da base, fazendo com que morra e caia.

"O problema de fazer isso é que há um alto risco de infecção", diz Bowe, porque os germes geralmente se infiltram na ferida depois que o acrocórdon cai.

Outra abordagem doméstica popular, mas imprudente, envolve aplicar um ácido, como vinagre de maçã ou ácido salicílico, sobre a estrutura. "Você está literalmente queimando o acrocórdon", pontua Bowe. Mas "também tende a queimar a pele ao redor", diz ela, causando danos que podem levar ao escurecimento da pele, algo que pode persistir por meses.

Lamb acrescentou que as pessoas também podem experimentar fortes reações ao ácido, incluindo alérgicas, que podem causar cicatrizes ou infecções.

Embora muitas pessoas prefiram que seus acrocórdon sejam removidos, administrá-los às vezes pode parecer um jogo, afirma Bowe.

"Se você tem tendência a acrocórdons", aponta, "eles provavelmente voltarão a crescer ou você terá novos."

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