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Cachorros podem transmitir diversas doenças aos tutores; saiba quais

Problemas incluem contaminação por bactérias que causam doenças gastrointestinais

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Melinda Wenner Moyer
The New York Times

Cães podem enriquecer nossas vidas de várias maneiras. Eles podem aliviar a ansiedade, reduzir a solidão, nos tornar mais ativos fisicamente e até mesmo diminuir nosso risco de doenças cardiovasculares, prolongando nossas vidas, segundo sugerem algumas pesquisas.

Mas, sim. Eles também podem nos deixar doentes.

Amantes de cães podem tomar medidas simples para reduzir o risco de adoecerem por intermédio dos peludos - Adobe Stock

"Os germes dos cães podem causar uma variedade de doenças, desde infecções cutâneas leves até doenças graves", diz Casey Barton Behravesh, veterinária dos CDC (centros de controle e prevenção de doenças dos EUA). Muitas pessoas ficam infectadas após ingerir acidentalmente — sim, ingerir — fezes de cachorro, mas as infecções também podem ser transmitidas por mordidas, arranhões e até mesmo lambidas no rosto.

A boa notícia é que os amantes de cães podem tomar medidas simples para reduzir bastante o risco de adoecerem por intermédio de seus melhores amigos peludos.

Doenças de cachorro

Não faltam germes que os cães podem transmitir para as pessoas. Eles incluem bactérias como salmonela, E. coli e campylobacter, que podem causar problemas gastrointestinais; parasitas como giárdia, criptosporídio, ancilostomídeos e lombrigas, que também podem causar problemas abdominais como diarreia e dor de estômago; e fungos, que podem levar a infecções como a micose, que pode causar coceira e erupções cutâneas em forma de anel.

É difícil avaliar quantas dessas infecções são transmitidas por cães a cada ano. Isso ocorre porque é difícil rastrear doenças até animais específicos e coletar esse tipo de dados, diz Jason Stull, professor assistente da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Estadual de Ohio.

Através de mordidas, os cães também podem transmitir germes que causam doenças graves, como raiva, um vírus que ataca o sistema nervoso, e capnocytophaga, uma bactéria que pode causar doenças graves, incluindo sepse. Ambas as doenças podem ser fatais — mas felizmente, são bastante raras, com a raiva causando apenas de uma a três infecções humanas relatadas por ano nos Estados Unidos e a capnocytophaga infectando cerca de 150 a 250 pessoas.

Algumas pessoas têm mais probabilidade de adoecer por causa de cães do que outras, incluindo aquelas que estão grávidas, imunocomprometidas, com mais de 65 anos ou com menos de 5, diz Stull.

Filhotes com menos de 6 meses de idade são os maiores culpados na disseminação de germes causadores de doenças, acrescenta ele, em parte porque seus sistemas imunológicos não estão totalmente desenvolvidos.

Como se manter seguro

Se você tem um cachorro, pode reduzir o risco de doenças garantindo que ele esteja totalmente vacinado e recebendo cuidados regulares de um veterinário, diz Dennis Horter, veterinário e diretor operacional da CityVet em Dallas.

Os veterinários também podem prescrever medicamentos que reduzem a chance de seu cão abrigar parasitas, como carrapatos e pulgas, os quais podem ser transmitidos de cães para pessoas e causar doenças, acrescenta Rebecca Greenstein, veterinária do Kleinburg Veterinary Hospital em Ontário. Procure sempre seu veterinário imediatamente se seu cão tiver diarreia, diz.

"Manter seu cachorro saudável ajuda a manter você e sua família saudáveis", diz Barton Behravesh. Fazer isso é especialmente importante se você ou qualquer outra pessoa em sua casa tiver um alto risco de desenvolver doenças.

Os especialistas recomendam não alimentar cães com carne crua, pois ela pode estar contaminada com bactérias que podem se espalhar para as pessoas. Pesquisas sugerem que não há benefícios claros dessa dieta para os animais de estimação, e os estudos "apenas destacam os riscos" que incluem a disseminação de salmonela, E. coli e campylobacter, diz Greenstein.

Lave as mãos depois de acariciar ou cuidar do seu cachorro, diz Barton Behravesh. E evite beijá-los em qualquer lugar do corpo — sim, isso pode ser difícil para alguns amantes de cães — ou deixá-los lamber você no rosto ou em qualquer arranhão ou ferida aberta, aconselha Stull. Algumas pessoas assumem que a boca de seu cachorro está limpa. "Não está", diz ele. "É muito fácil para organismos infecciosos —bactérias, etc— se moverem da saliva do animal para nossos corpos."

Se você for mordido, ele diz, limpe a ferida com água e sabão e procure um médico.

Limpe também o cocô do seu filhote. "Não posso enfatizar isso o suficiente: recolha as fezes do seu cachorro", diz Greenstein. "A contaminação fecal de parques gramados, caixas de areia, pátios escolares e assim por diante pode representar um sério risco à saúde, especialmente para crianças e pessoas com sistema imunológico enfraquecido."

Mas, novamente, lembre-se de lavar as mãos depois, diz o Stull — porque muitas pessoas não o fazem. "Nós saímos, recolhemos as fezes do chão, jogamos no lixo, não lavamos as mãos", diz ele. "Então, vamos almoçar."

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