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Skinboosters prometem reduzir rugas, hidratar e melhorar qualidade da pele

Produto injetado na derme é feito com um tipo de ácido hialurônico fino e dura até 15 meses

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São Paulo

As rugas e linhas finas são um dos primeiros sinais do envelhecimento que costumam marcar a pele. A partir dos 30 anos, elas começam a aparecer ao redor dos olhos, região em que o tecido é mais delicado. Com o passar do tempo, essas marquinhas também surgem em volta dos lábios –chamadas de código de barras–, nas bochechas –rugas de acordeon–, no pescoço, no colo, nas mãos, nos joelhos e em outras partes do corpo.

Um tipo de ácido hialurônico bem fino, conhecido como skinbooster, é capaz de diminuir esses vincos, além de hidratar e promover a qualidade da pele.

"O produto é ideal para ser usado nas rugas ao redor dos olhos e da boca, mas também pode ser introduzido nas linhas da testa, do pescoço e do colo. Ele é aplicado na pele por cânula ou agulha, com uma técnica chamada blanching technique", afirma a médica dermatologista Paula Rahal, speaker da Merz e sócia titular da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia).

Ao contrário de outros tipos de ácido hialurônico mais densos, que são utilizados como preenchedores e que aumentam áreas como lábios, maçãs do rosto e queixo, os skinboosters são géis bem mais leves e não promovem volume.

Fotografia foca os olhos de uma mulher latina, de pele morena e cabelos e olhos castanhos; ao redor dos olhos, ela tem marcas de rugas e linhas finas
Os skinboosters, um tipo de ácido hialurônico bem fino, tratam as rugas e linhas finas ao redor dos olhos - Adobe Stock

"Quando a gente fala dos skinboosters especificamente, a gente tem uma melhoria da hidratação, porque o ácido hialurônico é super-hidrofílico, então ele traz muita água para o tecido. E esse inchaço que ocorre com a atração da água vai distender e ativar os fibroblastos, estimulando a produção de colágeno e elastina", diz o médico cirurgião plástico Fábio Saito, diretor de educação médica da Galderma e membro titular da SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica).

Os fibroblastos são células localizadas na derme responsáveis pela síntese de colágeno e elastina, proteínas que proporcionam sustentação e firmeza à pele.

Como os skinboosters agem na pele

Saito explica que o mecanismo de ação dos skinboosters é diferente do dos bioestimuladores de colágeno. "As partículas do Sculptra (ácido poli-L-lático), por exemplo, vão levar a uma reação inflamatória subclínica e atrair outros tipos de célula, como os macrófagos que englobam as partículas do produto. E aí, com a ativação dos macrófagos, você tem a liberação de mediadores químicos, como as interleucinas, que estimulam o fibroblasto. Já o skinbooster vai ativar o fibroblasto mecanicamente, com a atração da água."

Outra diferença entre as substâncias é que os bioestimuladores de colágeno não podem ser aplicados ao redor dos olhos nem dos lábios. "São regiões muito delicadas e de hipermotilidade, ou seja, muita movimentação dos músculos. Pode haver acúmulo de produto e resultados indesejados", ressalta a dermatologista Paula Rahal.

Os skinboosters e os bioestimuladores são tratamentos complementares que impulsionam a formação de colágeno, mas são injetados de maneiras distintas, nem sempre nas mesmas áreas.

Fotografia foca os lábios de uma mulher brana; ela sorri levemente e tem rugas ao redor dos lábios
Os skinboosters também podem ser aplicados para suavizar as rugas ao redor dos lábios, chamadas de códigos de barra - Nicholas Felix/People Images/ Adobe Stock

Outra associação antirrugas ocorre entre os skinboosters e a toxina botulínica, que paralisa os músculos e disfarça –mas não trata– as linhas ao redor dos olhos. Novamente, a aplicação também é diferente.

"Aplicar muitas unidades de toxina botulínica nas rugas, principalmente no terço inferior dos olhos, gerar o sorriso ‘em prateleira’, dando um aspecto bem artificial ao sorriso. Já a administração de toxina no terço superior e médio da região orbicular, associada ao preenchimento dessas rugas finas com o ácido hialurônico, propicia um aspecto mais natural e bonito no tratamento dos famosos pés de galinha", observa Rahal.

A engenheira Carol Corvalan, 50, conta que fez o tratamento com skinbooster para suavizar os códigos de barra acima do lábio superior com Paula Rahal. "Tenho a pele clara e, como sou descendente de italianos, muito expressiva, algumas marquinhas já estavam me incomodando".

Fotografia colorida de Carol Corvalan; ela é uma mulher branca, de cabelos e olhos castanhos, e coloca as duas mãos nas bochechas
A engenheira Carol Corvalan, 50, fez tratamento com skinbooster para tratar as marcas ao redor dos lábios - Folhapress

Corvalan diz que depois do procedimento, feito em outubro do ano passado, as rugas da região praticamente desapareceram. "Melhorou demais. Em um ponto de quase não dá para ver mais nada", comemora. Ela também já fez outros tratamentos, como toxina botulínica e bioestimulador de colágeno.

Como é feita a aplicação

Aplicado com agulha ou cânula, o skinbooster é direcionado para a derme profunda ou região subdérmica. Como o produto tem lidocaína, não é preciso utilizar anestesia ou anestésico tópico para o procedimento.

É possível notar resultados imediatamente após o tratamento, mas a melhoria da textura da pele só é visível depois de um mês, quando a atração da água ativa os fibroblastos.

"Geralmente são necessárias duas sessões, com um mês de intervalo entre elas. Na segunda, é utilizada metade da dose da primeira. A durabilidade é de até 15 meses", afirma o cirurgião plástico Fábio Saito.

Como há introdução de cânula ou agulha, a pele pode ficar com algum hematoma. Nesses casos, é indicado evitar o sol e utilizar protetor solar na área até a mancha sumir.

A intercorrência mais comum é o acúmulo de produto em alguma região. Nesses casos, é aplicada a enzima hialuronidase, que dissolve o ácido hialurônico.

"Quando a substância é aplicada por profissionais sem experiência, podem ocorrer complicações vasculares, como oclusão e compressão de vasos, necrose dos tecidos e até cegueira. Por isso é importante sempre fazer os procedimentos com um médico de confiança", destaca Rahal.

O tratamento é contraindicado para pessoas que têm alergia a algum componente da fórmula, como a lidocaína, que estejam com alguma infecção local, portadores de doenças reumatológicas em atividade, mulheres grávidas ou que estejam amamentando.

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