O refluxo acomete entre 10% e 20% da população e costuma estar relacionada a histórico familiar, obesidade, idade, tabagismo e alimentação.
A doença e seus sintomas, como azia e regurgitação —além de asma, rouquidão, tosse, mau hálito e erosão de dente em alguns casos—, ocorrem quando o líquido do estômago retorna para o esôfago e irrita suas paredes.
A primeira medida para cuidar do problema são alterações no estilo de vida, com controle na ingestão de café, álcool e gorduras, alimentos que podem facilitar o refluxo. Não é necessário cortar alimentos, mas vale evitar comê-los como se não houvesse amanhã.
Para pessoas com sobrepeso, também é indicada a perda de peso e para fumantes, parar de fumar.
Também deve-se evitar comer e deitar em seguida. O ideal é dormir somente duas ou três horas após a última refeição, segundo Eduardo Antônio André, diretor da Federação Brasileira de Gastroenterologia.
"Doença do refluxo é doença boa para saúde", diz André, brincando por conta do problema exigir hábitos saudáveis para o seu controle. "Não pode comer muito, não pode deitar depois de comer, precisa perder peso."
Para casos crônicos, podem ser usados medicamentos. A última opção, e somente para alguns casos, é cirúrgica, mas ela tem efeito limitado a longo prazo, além da possibilidade de complicações no pós-operatório.
A ausência de tratamento aumenta o risco de quadros de saúde mais graves, como câncer.
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