Folha lança ferramenta que ajuda a avaliar a sua saúde

No match da Saúde, usuários recebem informações sobre temas como alimentação e atividade física

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Gabriel Alves Nathália Khaled
São Paulo

​No Brasil e no mundo, infartos, AVCs (acidentes vasculares cerebrais) e cânceres tomaram a dianteira na lista das maiores causas de mortes, deixando infecções para trás. Saneamento básico, menor índice de desnutrição, antibióticos, vacinas e o envelhecimento da população deram as condições para essa mudança.

A troca também pode ser explicada pela mudança de hábitos da população moderna, que consome mais alimentos industrializados e calóricos do que as gerações passadas e também é mais sedentária. Daí que a obesidade e o diabetes tiveram alta nas últimas décadas.

Os fatores de risco que mais tiram anos de vida das pessoas são pressão alta, obesidade, alto índice de açúcar no sangue e o uso de tabaco e de álcool —ou seja, em larga medida, muitas das causas de mortes são tratáveis ou evitáveis.

 
Ilustração com garota passeando com cachorro no parque, senhor a cumprimenta
Pedro Hamdan

Diante desse cenário, a Folha criou o Match da Saúde, ferramenta digital gratuita que, a partir de informações inseridas pelo usuário, fornece um relatório sobre o status de sua saúde e pode ajudar na prevenção de doenças e na adoção de hábitos melhores. 

O usuário responde a 60 perguntas divididas em seis categorias: dados gerais, alimentação, atividade física, hábitos nocivos, saúde mental, doenças e histórico familiar. Os dados são anonimizados e não ficam registrados.

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É possível descobrir, por exemplo, se você pratica a quantidade ideal de exercício físico preconizada por diretrizes internacionais, quais são os riscos de ter hipertensão, quais são as maneiras de reduzir o ronco e a partir de quando é preciso fazer exames de detecção precoce de câncer, nos casos em que o rastreamento é indicado de acordo com as melhores evidências científicas.

O leitor também pode assinalar quais doenças afetam ou já afetaram os familiares próximos e descobrir se há algum componente genético importante. 

As recomendações são baseadas em fontes de saúde de renome nacional e internacional, como OMS (Organização Mundial da Saúde), Ministério da Saúde, NIH (Institutos Nacionais de Saúde, dos EUA) e diversas sociedades médicas nacionais e internacionais. O desenvolvimento da ferramenta teve o patrocínio da Amil.

A mudança de hábito pode, de fato, mudar o cenário. Em alguns países as mortes por doenças cardiovasculares começam a cair graças à intensificação da atividade física, à melhora na qualidade da dieta —com o aumento da ingestão de fibras, legumes e verduras— e a um maior acesso a medicamentos, como os que ajudam a controlar a hipertensão e o colesterol alto.

A incógnita ainda é o câncer, para o qual a idade avançada é quase sempre um importante fator de risco. Outros hábitos, como o tabagismo e o consumo de álcool, também interferem na probabilidade de ter algum dos mais de cem tipos existentes de câncer. Alguns casos também podem ser explicados pela herança genética, mas ainda há a possibilidade de as mutações oncogênicas se acumularem ao longo da vida e desencadearem a doença.

Para Everton Falcão de Oliveira, professor de epidemiologia da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), doenças neurodegenerativas, como parkinson e alzheimer, também devem ganhar mais importância num futuro próximo. Hoje, todas as doenças ligadas ao sistema nervoso não somam nem 3% do total de mortes no Brasil. Com o aumento do número de idosos, porém, esse cenário deve mudar.

Entre 1960 e 2019, a expectativa de vida no Brasil foi de 55 anos para 76,5 e deve chegar a 81 em 2060. Se hoje 9,5% da população está acima dos 65 anos, daqui a quatro décadas essa fatia será de mais de 25%, de acordo com o IBGE.

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