A doença celíaca é caracterizada pela intolerância ao glúten —proteína presente em cereais, como o trigo e cevada— e atinge 1% da população mundial. O principal tratamento para essa condição crônica é uma dieta livre de glúten.
Os sintomas mais comuns são as dores abdominais, diarreia e flatulência prolongadas. Em crianças, o vômito, barriga inchada, perda de apetite e de massa muscular podem ser sinais da condição. Nos adultos, soma-se, ainda, o cansaço e a fraqueza.
Com a exclusão do glúten da alimentação —o que deve ser feito sob acompanhamento de nutricionista—, os sintomas desaparecem em até duas semanas. Após quatro meses da dieta sem a proteína, recomenda-se uma biópsia do intestino delgado para rastreio de outras causas possíveis para a inflamação ou complicações causadas pela doença.
A maior dificuldade dos celíacos é a reeducação alimentar. O glúten está amplamente presente no cardápio dos brasileiros, como em pães e massas.
Em casos de deficiência nutricional, o tratamento pode incluir ainda a reposição de vitaminas e minerais.
A doença é autoimune, ou seja, acontece porque o sistema imunológico de pessoas celíacas produz anticorpos que atacam o glúten ingerido causando a inflamação do intestino delgado. Essa inflamação, por sua vez, atrofia a mucosa intestinal, dificultando a absorção de nutrientes. Existem pessoas predispostas geneticamente a desenvolver a doença.
A falta de tratamento pode gerar complicações como desnutrição, anorexia, anemia, infertilidade, aborto, intolerância a lactose e câncer de linfoma intestinal e de intestino delgado.
Qualquer um pode ser celíaco, mas pessoas com diabetes tipo 1, síndrome de Down ou síndrome de Turner, e pessoas com casos familiares da doença celíaca ou de dermatite herpetiforme têm maior propensão.
O diagnóstico é feito por meio de exame de sangue com dosagem dos anticorpos específicos que atacam o glúten, seguido por biópsia do intestino delgado.
A aveia, apesar de não ter glúten naturalmente, pode apresentar a proteína devido a contaminação cruzada, isso porque o cereal costuma ser processado no mesmo local que o trigo e a cevada. Recomenda-se atenção no consumo por pessoas celíacas.
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