O Brasil registrou 1.261 novas mortes pela Covid-19 e 39.705 casos, nesta quarta (15). Com isso, o país chegou aos 75.523 óbitos e a 1.970.909 casos da doença. Considerando as infecções confirmadas diariamente (que quase sempre ficam acima de 30 mil, chegando até mesmo a 40 mil), devemos chegar aos 2 milhões de casos nesta quinta (16).
Os dados são fruto de colaboração inédita entre Folha, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo, G1 e UOL para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais. O balanço é fechado diariamente às 20h.
Além dos dados diários do consórcio, a Folha passou a mostrar a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.
O volume registrado às segundas tende a ser baixo, porque laboratórios têm atividade menor aos fins de semana. Já a média móvel para a segunda-feira considera também os dados dos seis dias anteriores, uma informação mais estável.
De acordo com os dados coletados até as 20h desta quarta (15), a média de mortes nos últimos sete dias é de 1.067.
Somente o Rio Grande do Norte não trouxe dados mais atualizados durante a tarde.
O Distrito Federal atingiu, novamente, o recorde de mortes em um único dia. Foram registrados 41 óbitos, mesmo número do último dia 7.
Os dados dos três estados do Sul e a média móvel da região mostram o avanço da pandemia na área.
O Paraná teve seu segundo dia mais letal, com 52 mortes registradas. O recorde ocorreu na terça (14), com 57 óbitos. A média móvel do estado teve o segundo maior aumento do país (em relação à média móvel de sete dias atrás), 115%.
O Rio Grande do Sul continua com números elevados de mortes. O estado atingiu o recorde de óbitos em 24 horas na terça (14), com 65 mortes. Nesta quarta, foram registradas 41. A média móvel do estado cresceu 103% em relação à média móvel de sete dias atrás.
Santa Catarina registrou recorde de mortes nesta quarta, com 35 óbitos e tem o maior crescimento de média móvel do país (sempre em relação à média móvel de sete dias atrás), 219%.
Também houve elevação da média móvel nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. A média ficou estável no Nordeste e teve queda no Norte.
O Brasil tem uma taxa de cerca de 36,1 mortos por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortos, e o Reino Unido, ambos à frente do Brasil na pandemia (ou seja, começaram a sofrer com o problema antes), têm 42 e 67,9 mortos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.
Na Argentina, onde a pandemia desembarcou nove dias mais tarde que no Brasil e que seguiu uma quarentena muito mais rígida, o índice é de 4,5 mortes por 100 mil habitantes.
Dados divulgados pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (15) mostram 39.924 casos e 1.233 mortes por Covid-19 confirmadas no Brasil nas últimas 24 horas. O total de óbitos chega a 75.366 e o de infecções a 1.966.748.
A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.
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