O Brasil registrou 1.382 mortes por Covid-19, nesta terça-feira (20). É o maior número de óbitos desde 4 de agosto, quando foram registradas 1.394 mortes. Com isso, o país chega a 212.893 vítimas do Sars-CoV-2.
Além disso, foram registrados 64.126 casos da doença, elevando o de pessoas infectadas desde o início da pandemia para 8.639.868.
Os dados do país são fruto de colaboração inédita entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais.
Além dos dados diários, a Folha também mostra a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.
De acordo com os dados coletados até as 20h, a média de mortes nos últimos sete dias é de 983. O valor da média representa um aumento de 35% em relação ao dado de 14 dias atrás.
Norte e Sudeste permanecem com aumento da média móvel de mortes em relação a 14 dias atrás. Respectivamente, o crescimento foi de 52% e 114%.
As outras regiões têm média móvel em estabilidade, o que não significa um estado de tranquilidade.
Alagoas, Amazonas, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, São Paulo, Sergipe e Tocantins têm crescimento da média móvel de mortes. Amazonas, novamente, apresenta o maior crescimento, 197%.
Amapá, Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Santa Catarina apresentam estabilidade, o que, novamente, não significa tranquilidade.
Acre, Ceará, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Paraná têm queda da média. Acre teve a maior diminuição, 48%.
O Brasil tem uma taxa de 101,6 mortos por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortos (405.400), e o Reino Unido (93.469), ambos à frente do Brasil na pandemia (ou seja, começaram a sofrer com o problema antes), têm 124,1 e 140,6 mortos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.
O Brasil havia ultrapassado a taxa da Itália de mortes por 100 mil habitantes (138,5), país com 83.681 óbitos pela doença. Contudo, com a segunda onda que assola a Europa, a Itália voltou a passar o Brasil.
O México, que ultrapassou o Reino Unido em número de mortos e já contabiliza 142.832 óbitos, tem 113,2 mortes para cada 100 mil habitantes.
Na América do Sul, chama a atenção também o número de mortos por 100 mil habitantes do Peru: 122,1. O país tem 39.044 óbitos pela Covid-19.
A Índia é o terceiro país, atrás apenas de EUA e Brasil, com maior número de mortes pela Covid-19, com 152.718 óbitos. Lá, devido ao tamanho da população, a taxa proporcional é de 11,3 óbitos por 100 mil habitantes.
Na Argentina, onde a pandemia desembarcou nove dias mais tarde que no Brasil e que seguiu uma quarentena rígida de início, o índice é de 103,5 mortes por 100 mil habitantes (46.066 óbitos).
A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.
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