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Com mais de mil mortes por Covid no dia, Brasil ultrapassa 215 mil óbitos pela doença

País também já passou de 8,7 milhões de casos de Covid, mostra consórcio de imprensa

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São Paulo

O Brasil registrou 1.071 mortes pela Covid-19 e 55.319 casos da doença, nesta sexta-feira (22). Com isso, o país chegou a 215.299 óbitos e a 8.755.133 pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2 desde o início da pandemia.

Os dados do país são fruto de colaboração inédita entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

Além dos dados diários, a Folha também mostra a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.

De acordo com os dados coletados até as 20h, a média de mortes nos últimos sete dias é de 1.001. O valor da média representa um aumento de 15% em relação ao dado de 14 dias atrás e, com isso, uma situação de estabilidade na média.

Norte e Sudeste apresentam crescimento na média móvel de mortes, em relação a 14 dias atrás. Os aumentos são de, respectivamente, 94% e 28%. Somente o Sul apresenta queda de 36% na média. As demais regiões têm médias móveis estáveis, o que não significa uma situação de tranquilidade.

Alagoas, Amazonas, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Roraima, São Paulo, Sergipe e Tocantins apresentam aumento da média móvel de mortes em relação ao dado de 14 dias atrás.

Bahia, Maranhão, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Rondônia apresentam estabilidade de média móvel, o que não significa uma situação tranquila. Os demais estados e o Distrito Federal apresentam queda.

O Brasil tem uma taxa de 102,8 mortos por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortos (413.818), e o Reino Unido (96.166), ambos à frente do Brasil na pandemia (ou seja, começaram a sofrer com o problema antes), têm 126,7 e 144,7 mortos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.

O Brasil havia ultrapassado a taxa da Itália de mortes por 100 mil habitantes (140,1), país com 84.674 óbitos pela doença. Contudo, com a segunda onda que assola a Europa, a Itália voltou a passar o Brasil.

O México, que ultrapassou o Reino Unido em número de mortos e já contabiliza 146.174 óbitos, tem 115,8 mortes para cada 100 mil habitantes.

Na América do Sul, chama a atenção também o número de mortos por 100 mil habitantes do Peru: 122,8. O país tem 39.274 óbitos pela Covid-19.

A Índia é o terceiro país, atrás apenas de EUA e Brasil, com maior número de mortes pela Covid-19, com 153.032 óbitos. Lá, devido ao tamanho da população, a taxa proporcional é de 11,3 óbitos por 100 mil habitantes.

Na Argentina, onde a pandemia desembarcou nove dias mais tarde que no Brasil e que seguiu uma quarentena rígida de início, o índice é de 104,7 mortes por 100 mil habitantes (46.575 óbitos).

​A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.​​​​​​​​​​​​​​​​​​

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