União Europeia e EUA vão pressionar G20 por doação de vacinas

Objetivo é imunizar 70% da população mundial até o final de 2022

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Bruxelas

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse nesta segunda (18) que a União Europeia e o governo americano vão pressionar os países do G20 a elevarem a doação de vacinas anti-Covid para países mais pobres, para imunizar 70% da população mundial até o final de 2022.

Os líderes de 19 países —entre as maiores economias globais— e da UE se reúnem no final deste mês, em Roma.

Imagem em primeiro plano mostra enfermeira de máscara segurando uma seringa espetada em uma ampola de vacina
Enfermeira prepara aplicação de vacina da Janssen em posto de Nova York - Angela Weiss - 12.mai.21/AFP

Von der Leyen afirmou que a UE já doou 87 milhões de doses até agora ao consórcio Covax, que adquire e distribui fármacos para 144 países, e anunciou a doação de mais 500 milhões no próximo ano.

No mês passado, o presidente americano, Joe Biden, já havia anunciado também a doação de mais 500 milhões de doses, o que elevará a 1 bilhão o número de doses enviadas a outros países.

“Mas outros países também precisam avançar. Trabalho em estreita colaboração com o primeiro-ministro [da Itália, Mario] Draghi e o presidente Biden para reunir os líderes do G20 na cúpula de Roma, na próxima semana, por trás desse objetivo ambicioso: vencer a pandemia global.”

Von der Leyen afirmou que, além das doações, a UE exportou metade das vacinas fabricadas no continente, enviando mais de 1 bilhão de doses a mais de 150 países —entre eles, ela citou Japão, Turquia, Reino Unido, Nova Zelândia, África do Sul e Brasil.

Como lembram os dirigentes da OMS (Organização Mundial da Saúde), a distribuição desigual das vacinas não é só uma preocupação regional ou altruísta: é um fenômeno que pode comprometer o controle da pandemia no mundo todo, incluindo nos países ricos, porque quanto mais o vírus circula descontroladamente, maior é o risco de que surjam variantes mais perigosas e resistentes à vacina.

Em maio deste ano, as nações desenvolvidas —com 15% da população mundial— concentravam quase metade das vacinas disponíveis. Enquanto um terço de seus habitantes havia recebido ao menos uma dose, nas nações pobres a proporção era de apenas 0,2%.

A doação de imunizantes também se tornou uma forma de diplomacia. Além dos EUA que anunciaram o repasse de doses para a comunidade internacional, em junho, o Reino Unido também informou que doaria 100 milhões de imunizantes.

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