O Brasil recebeu na manhã deste domingo (16) mais 1,2 milhão de doses da vacina da Pfizer contra a Covid-19, direcionadas para crianças de 5 a 11 anos.
As doses chegaram no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP). A primeira remessa, também composta por 1,2 milhão de doses, pousou no Brasil na quinta-feira (13) e foi distribuída aos estados e ao Distrito Federal até a sexta-feira (14), segundo o Ministério da Saúde.
A pasta espera receber 30 milhões de doses pediátricas da Pfizer até o fim de março.
A campanha de vacinação das crianças de 5 a 11 anos foi aberta na sexta, em São Paulo. O primeiro imunizado foi Davi Seremramiwe Xavante, um menino indígena de 8 anos.
Nesta primeira fase, serão imunizadas crianças com comorbidades, deficiência permanente, indígenas e quilombolas. Em seguida, o Ministério da Saúde recomenda que sejam vacinadas as que vivem com pessoas do considerado grupo de risco.
Na sequência, haverá um escalonamento por faixa etária, começando pelos mais velhos.
Até o momento, apenas a vacina da Pfizer está liberada para aplicação em crianças. A diretoria da Anvisa (Agência Nacional Nacional de Vigilância Sanitária) deve decidir na próxima semana se permitirá o uso da Coronavac no público de 3 a 17 anos.
Em agosto, a diretoria da agência negou pedido de uso da Coronavac neste grupo, sob argumento de falta de dados. Integrantes da Anvisa afirmam que o processo, agora, está mais sólido.
DF começa campanha neste domingo
Neste domingo, o primeiro dia de vacinação de crianças no Distrito Federal foi marcado por filas em alguns postos, enquanto em outros o movimento era bem tranquilo, até com períodos de completo esvaziamento.
A Secretaria de Saúde informou que 16,3 mil doses foram recebidas do governo federal e que havia a expectativa que todas fossem aplicadas neste domingo.
Mas, de acordo com a pasta, foram aplicadas neste primeiro dia 3.646 doses de imunizantes a crianças de 5 a 11 anos com comorbidades e de 11 anos sem comorbidades.
A vacinação foi realizada em 11 postos em Brasília e cidades no entorno.Segundo a secretaria de Saúde, o movimento foi mais intenso de manhã, mas perdeu força durante a tarde.
Um dos locais com grandes filas foi na UBS (Unidade Básica de Saúde) do Lago Norte, com famílias chegando horas antes do início da aplicação das doses e enfrentando horas de filas. Muitas levaram cadeiras de praia para aguardar.
"Eu cheguei às 7 horas da manhã, uma hora antes de começarem. Meu filho era o quadragésimo quarto da fila e continuo sendo o quadragésimo quarto. A fila não está andando", afirmou o empresário Paulo Ramos, que buscava vacina para seu filho, de 11 anos, que acabou imunizado por volta de 10h30.
Ele explicou que quis vacinar seu filho no primeiro dia, para que haja tempo para que ele receba a segunda dose para o retorno das atividades presenciais na volta do ano escolar.
A reclamação na UBS do Lago Norte é que o posto estava despreparado para receber uma grande quantidade de pessoas. Por isso deu-se prioridade para crianças com comorbidades, enquanto que a fila para as demais não parava de crescer, embaixo de um sol forte.
Por volta de 9h30, após muita reclamação dos presentes, os agentes abriram dois novos pontos de vacinação no local e então as filas diminuíram.
Por outro lado, o posto em Taguatinga, cidade do DF, apresentava pouco movimento por volta da hora do almoço. Em alguns momentos, nenhuma criança estava presente para receber a dose.
Questionada sobre filas, a assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde não respondeu. Na segunda-feira (17), a campanha alcançará 13 pontos de vacinação, dois a mais do que neste domingo.
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