A Prefeitura de São Paulo passou a limitar, a partir deste sábado (15), a realização de testes RT-PCR e de antígeno para a Covid-19 e para a gripe a pessoas em condições de risco. A medida ocorre em meio à alta de casos e à crise de insumos de testagem no país.
Estarão aptas à realização dos testes pessoas não vacinadas ou com apenas uma dose do imunizante contra o coronavírus, gestantes e puérperas, indivíduos com comorbidades, profissionais de saúde e pessoas em situação de rua. Outro pré-requisito é a apresentação de dois ou mais sintomas gripais.
Aqueles que receberem o diagnóstico de Covid-19 serão monitorados pela Secretaria Municipal da Saúde por meio de atendimento telefônico e receberão orientações sobre o possível agravamento dos sintomas, diz a gestão Ricardo Nunes (MDB).
Já o restante da população que apresentar dois ou mais sintomas gripais, por sua vez, passará por avaliação clínica —ou seja, não será encaminhado para a testagem.
Segundo a prefeitura, o possível diagnóstico dessas pessoas será realizado por meio do levantamento do histórico de contato com pessoas infectadas nos 14 dias anteriores ao início dos sintomas.
"Com o diagnóstico positivo, o indivíduo deverá permanecer em isolamento por sete dias (após início de sintomas) e, se ao final desse período, ele não apresentar sintomas respiratórios e febre por um período de 24 horas, sem uso de antitérmico, será liberado do isolamento. Caso contrário, deverá permanecer em quarentena até o décimo dia", afirma, em nota, a Prefeitura de São Paulo.
O procedimento será adotado em unidades hospitalares, AMAs (Assistências Médicas Ambulatoriais), UBSs (Unidades Básicas de Saúde), AMAs e UBSs integradas, UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e prontos-socorros da capital paulista.
Com poucos testes de Covid disponíveis devido à alta demanda, hospitais e laboratórios de São Paulo também passaram a priorizar a realização dos exames em pacientes com sintomas mais graves.
O risco do desabastecimento dos testes de Covid levou a Abramed (Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica) a recomendar que os laboratórios priorizem testes em pacientes de acordo com a escala de gravidade.
Ou seja, aqueles que possuem gravidade nos sintomas, pacientes hospitalizados, cirúrgicos, pessoas do grupo de risco, trabalhadores assistenciais da área da saúde e colaboradores de serviços essenciais.
A entidade recomenda que os laboratórios interrompam os testes de pessoas que tiveram apenas contato com pacientes infectados, assintomáticos e daqueles com sintomas leves, que devem, porém, permanecer isolados até que o cenário seja normalizado.
Na última quarta-feira (12), as redes de farmácia Raia Drogasil suspenderam o agendamento devido à falta de estoque. Só será possível agendar um teste quando o abastecimento estiver normalizado.
O objetivo é que as unidades estejam reabastecidas ainda nesta semana. Aquelas que possuem testes remanescentes podem utilizá-los, e os interessados devem entrar em contato diretamente com os estabelecimentos para obter mais informações.
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