Hospital Pérola Byington começará a atender em novo prédio em agosto

Futuras instalações ficam nos Campos Elíseos, na região central de São Paulo

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São Paulo

O hospital Pérola Byington reabrirá em novo endereço na região central de São Paulo na primeira semana de agosto, segundo o governo paulista. A princípio, haverá apenas atendimento ambulatorial. E a previsão é que em até três meses esteja funcionando com capacidade total.

Hoje, o hospital funciona em um prédio na avenida Brigadeiro Luís Antônio, na Bela Vista, que é alugado e será devolvido ao proprietário após a transferência dos atendimentos ser concluída.

O terreno em que o novo prédio foi construído pertence à Prefeitura de São Paulo e fica na avenida Rio Branco, 1.162, nos Campos Elíseos. A obra, que está na reta final, deve ser entregue no dia 17 deste mês.

Governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), e prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), visitam novo prédio do Hospital Pérola Byington nesta quarta (6)
Governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), e prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), visitam novo prédio do Hospital Pérola Byington nesta quarta (6) - Matheus Moreira/Folhapress

Quando estiver em pleno funcionamento, o hospital, que é o maior centro de saúde especializado no atendimento à mulher da América Latina, terá 172 leitos, sendo 92 cirúrgicos, 60 clínicos, 10 de UTI, 10 de hospital dia —leitos nos quais a internação têm duração inferior a 24 horas.

O hospital também atende homens transgênero em casos de gravidez causados por estupro. Mulheres transgênero também podem ser atendidas, mas a procura é menor, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde. ​

Em entrevista coletiva durante uma vistoria das obras nesta quarta (6), o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), disse que o Pérola Byington aumentará em cerca de 50% a capacidade de atendimento em 2023, quando a transferência dos serviços entre a unidade antiga e a nova estiver concluída.

A construção do novo prédio e a modernização dos equipamentos custou cerca de R$ 245 milhões.

Atualmente, o hospital tem um volume de 12,8 mil internações por ano, 107 mil atendimentos ambulatoriais, 21 mil sessões de quimioterapia, 23 mil sessões de hormonioterapia e cerca de 20 mil radioterapias.

O secretário de Saúde do estado, Jean Gorinchteyn, disse à reportagem durante a vistoria das obras que entre os serviços oferecidos tidos como prioritários estão especialidades ginecológicas, cirurgias de alta complexidade, principalmente oncológicas (câncer) e reprodução humana.

Insegurança e cracolândia

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), também participou da visita ao novo hospital. Ao mesmo tempo em que os políticos eram apresentados aos novos equipamentos, a cerca de 500 metros, na Santa Ifigênia, vendedores e frequentadores do fluxo da cracolândia trocavam socos e chutes e usavam pedras e pedaços de madeira para agredir uns aos outros.

Governador e prefeito foram questionados sobre como pretendem responder à sensação de insegurança no entorno do novo hospital, que fica entre o endereço atual da cracolândia e o antigo .

Nunes disse ter realizado concurso para contratar mil novos guardas-civis metropolitanos e aumentado o salário inicial dos guardas em 72%.

"Rodrigo e eu estamos determinados a enfrentar isso [tráfico de drogas na cracolândia] todos os dias de forma contínua", afirmou o prefeito.

Apesar de citado, o governador não se manifestou.

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