Mais de 41 mil casos e 12 mortes por varíola dos macacos foram relatados em 96 países, com a maioria dos casos nos Estados Unidos, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quinta-feira (25).
A OMS declarou o surto uma emergência de saúde global em julho.
O número de casos registrados globalmente diminuiu 21% na semana encerrada em 21 de agosto, após uma tendência de um mês de aumento de infecções, de acordo com o último relatório epidemiológico da OMS.
"Há sinais de que o surto está diminuindo na Europa, onde uma combinação de medidas eficazes de saúde pública, mudança de comportamento e vacinação está ajudando a prevenir a transmissão", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em entrevista coletiva.
Ainda assim, mais de uma dúzia de países viram um aumento no número de casos semanais, com o maior crescimento relatado nos Estados Unidos. Mais de 34% da atual contagem global de casos está nos Estados Unidos.
A OMS disse que as infecções nas Américas mostraram "um aumento contínuo e acentuado" na semana anterior, e a região representou cerca de 60% dos casos no último mês.
"Na América Latina em particular, a conscientização insuficiente e falta de medidas de saúde pública estão se somando com uma falta de acesso às vacinas para combater as chamas do surto", disse Tedros.
Com a baixa oferta de vacinas, muitos países, entre os quais os Estados Unidos, estão tentando fazer com que seus estoques sejam aproveitados ao máximo com a aplicação de doses menores.
Segundo dados do Ministério da Saúde, até esta quarta-feira (24) o Brasil acumulava 4.144 casos de varíola dos macacos. O boletim epidemiológico divulgado pela pasta indica que foram registrados 160 novos casos da doença nas últimas 24 horas. São Paulo e Rio de Janeiro são os estados com mais casos: 2.640 e 508, respectivamente.
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