MG registra transmissão de varíola dos macacos de homem para cachorro

Caso de Juiz de Fora é o primeiro relatado no Brasil; filhote teve lesões no corpo e passa bem

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Belo Horizonte

Um cachorro foi diagnosticado com varíola dos macacos em Juiz de Fora (MG), município a 260 quilômetros de Belo Horizonte.

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, a doença foi transmitida pelo dono do filhote, configurando o primeiro relato de contágio de ser humano para animal no Brasil, conforme a pasta.

O filhote, de cinco meses, apresentou os primeiros sintomas da doença no último dia 13, com o surgimento de lesões no dorso e pescoço. Já o dono do animal procurou atendimento no sistema de saúde, já com sintomas da varíola dos macacos, no dia 8.

Cachorro faz tratamento com acupuntura em Pequim - Wang Zhao/AFP

Ambos foram colocados em isolamento e passam bem. Uma outra pessoa que manteve contato domiciliar com o paciente humano está assintomático para a doença e em monitoramento.

O comunicado de que o animal estava com a varíola dos macacos foi feito à Secretaria de Saúde pela Cievs-MG (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de Minas Gerais) na segunda (22).

"No Brasil, até o presente momento, não havia evidência documentada de transmissão da doença do ser humano para animais ou de animais para o ser humano. Existem dois relatos no mundo, nos EUA e França, em que a potencial transmissão de humano a animal está sendo estudada", diz a secretaria.

A secretaria afirma que a varíola dos macacos pode causar graves problemas de saúde em animais susceptíveis. Diante disso, orienta pessoas com suspeita ou confirmação de infecção pelo vírus a evitar contato próximo com pets.

É necessário ainda descartar de forma adequada material utilizado no tratamento da doença. Minas Gerais registra até esta quinta (25) 228 casos confirmados em seres humanos para varíola dos macacos.

Estão em andamento investigações para confirmação de outros 642 possíveis casos. Outros 556 foram descartados.

Os principais sintomas da doença em humanos são início súbito de lesão (uma ou mais) em qualquer parte do corpo, dor de cabeça, febre ou calafrio, dores musculares, cansaço, caroços no pescoço, axila ou virilha. A principal forma de prevenção é o isolamento. A vacina contra a doença deverá chegar à América Latina em setembro.

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