Alckmin fala em grande campanha de vacinação contra Covid para crianças a partir de 2 de janeiro

Vice-presidente eleito se reuniu neste domingo (4) em São Paulo com médicos do grupo de transição

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São Paulo

O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, afirmou na noite deste domingo (4) que o governo Lula terá como prioridade iniciar uma grande campanha de vacinação contra a Covid a partir de 2 de janeiro.

Alckmin, que coordena o grupo de transição, se reuniu neste domingo com integrantes da equipe da área da saúde no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Segundo ele, o grupo indicou a ampliação da cobertura vacinal como prioridade do novo governo.

"É a prioridade do grupo de transição, é fundamental que a gente desenvolva uma grande campanha de conscientização pela vacinação. Essa ação vai envolver o trabalho de vários ministérios, da sociedade civil. Vamos chamar artistas e lideranças para nos ajudar nessa grande campanha", disse o vice-presidente.

Ele afirmou que a ideia é ter a participação de jogadores de futebol e artistas conhecidos para ajudar no convencimento da população.

Alckmin caminha com uma pasta na mão
Geraldo Alckmin, vice-presidente eleito do Brasil - Ueslei Marcelino - 1º.dez.2022/Reuters

Em meio a mais uma onda de aceleração da Covid, o país enfrenta baixa cobertura vacinal entre as crianças. Dados do governo federal mostram que cerca de 70% das crianças de 5 a 11 anos receberam a primeira dose –apenas 50% receberam a segunda dose.

O percentual é ainda menor entre crianças de 3 e 4 anos, 18% receberam a primeira dose e pouco mais de 6%, a segunda.

"Precisamos conscientizar a população e mostrar que não há nada mais triste do que perder um filho ou uma filha, ainda mais para doenças que podem ser evitadas com vacina", disse Alckmin.

Segundo ele, a ação será coordenada com outros ministérios porque a exigência da vacinação está atrelada ao acesso a outros serviços e programas, como por exemplo a matrícula em escolas ou ao recebimento do Bolsa Família.

"O Brasil era um exemplo para o mundo com seu protocolo e adesão à imunização. De repente, as pessoas deixaram de tomar vacina e não podemos deixar que isso se mantenha. Vamos trabalhar para que a vacinação esteja vinculada a outros programas", disse Alckmin, sem informar se haveria alguma nova vinculação.

Pela lei, as escolas são obrigadas a exigir a caderneta de vacinação das crianças e adolescentes no ato da matrícula. Elas, no entanto, não podem se recusar a receber alunos que não tenham sido vacinados. Neste caso, elas devem acionar o Conselho Tutelar ou outros órgãos de controle.

Pela lei que criou o Bolsa Família, assim como ocorreu também com o Auxílio Brasil, a vacinação em dia das crianças de até 6 anos é requisito básico para a família manter o benefício. O que ocorre é que não há acompanhamento.

Alckmin afirmou ainda que o grupo de trabalho defendeu a importância da aquisição de vacinas de maneira antecipada. No entanto, não deu mais detalhes qual será a logística adotada.

Participaram da reunião deste domingo Roberto Kalil Filho, professor da USP e médico do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, além de Giovanni Guido Cerri, Miguel Srougi, Carlos Roberto Ribeiro de Carvalho, Fábio Jatene, Claudio Lottenberg, Drauzio Varella, Linamara Battistella e Milton Arruda. José Medina Pestana participou de maneira remota.

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