Estudo da Unifesp busca mapear adultos com autismo no Brasil

Pesquisadores querem entender melhor as características e os desafios dessa população

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São Paulo

Pesquisadores da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) iniciaram um estudo para traçar o perfil dos adultos com autismo no Brasil e mapear suas necessidades e desafios.

Considerando dados de prevalência internacionais, estima-se que o país tenha cerca de 3 milhões de pessoas adultos, porém faltam informações sobre essa população e a pesquisa do TEAMM (Ambulatório de Cognição Social Marcos Mercadante) tenta preencher parte da lacuna.

Homem com autismo no Teamm (Ambulatório de Cognição Social Marcos Mercadante), da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) - Karime Xavier - 19.set.22/Folhapress

"Hoje, temos ampla divulgação do quadro clínico e terapias para o atendimento de crianças autistas, porém as pesquisas e tratamentos, tanto medicamentosos quanto terapêuticos, são bastante escassos no que tange à vida adulta", diz Daniela Bordini, coordenadora do TEAMM.

Para atingir o máximo de pessoas em todas as regiões do Brasil, o grupo disponibilizou o questionário da pesquisa na internet. A página também traz o termo de consentimento, em que os pesquisadores esclarecem dúvidas sobre o estudo e reafirmam que a identidade dos participantes não será divulgada.

O questionário é composto de perguntas em formato de alternativas e engloba tratamento e diagnóstico, vida escolar, vida profissional, socialização e expectativas. O tempo médio de preenchimento é de 15 minutos e podem participar tanto adultos com autismo quanto familiares e cuidadores.

"Acreditamos que, com nossa pesquisa, conheceremos melhor a situação real dessa população e suas necessidades. Assim, poderemos colaborar com o delineamento de propostas de atendimento, moradias, inclusão nas escolas técnicas, universidades e mercado de trabalho, bem como com a capacitação de profissionais que trabalhem diretamente com esse público", afirma Bordini.

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