Pesquisadores da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) iniciaram um estudo para traçar o perfil dos adultos com autismo no Brasil e mapear suas necessidades e desafios.
Considerando dados de prevalência internacionais, estima-se que o país tenha cerca de 3 milhões de pessoas adultos, porém faltam informações sobre essa população e a pesquisa do TEAMM (Ambulatório de Cognição Social Marcos Mercadante) tenta preencher parte da lacuna.
"Hoje, temos ampla divulgação do quadro clínico e terapias para o atendimento de crianças autistas, porém as pesquisas e tratamentos, tanto medicamentosos quanto terapêuticos, são bastante escassos no que tange à vida adulta", diz Daniela Bordini, coordenadora do TEAMM.
Para atingir o máximo de pessoas em todas as regiões do Brasil, o grupo disponibilizou o questionário da pesquisa na internet. A página também traz o termo de consentimento, em que os pesquisadores esclarecem dúvidas sobre o estudo e reafirmam que a identidade dos participantes não será divulgada.
O questionário é composto de perguntas em formato de alternativas e engloba tratamento e diagnóstico, vida escolar, vida profissional, socialização e expectativas. O tempo médio de preenchimento é de 15 minutos e podem participar tanto adultos com autismo quanto familiares e cuidadores.
"Acreditamos que, com nossa pesquisa, conheceremos melhor a situação real dessa população e suas necessidades. Assim, poderemos colaborar com o delineamento de propostas de atendimento, moradias, inclusão nas escolas técnicas, universidades e mercado de trabalho, bem como com a capacitação de profissionais que trabalhem diretamente com esse público", afirma Bordini.
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